Anúncio do G20 na avenida Brasil, no Rio de Janeiro (Pablo Porciuncula/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 17 de novembro de 2024 às 18h36.
Última atualização em 17 de novembro de 2024 às 18h37.
Nas vésperas da cúpula do G20, a chegada dos chefes de Estado à cidade é a maior preocupação das forças de segurança. Além da escolta para levar os líderes aos hotéis e ao local do evento, agentes passaram o domingo realizando varreduras antibomba para evitar qualquer risco nos locais onde os líderes ficarão hospedados. A região onde as delegações ficarão hospedadas conta com restrição de espaço aéreo, monitorado pela Força Aérea Brasileira. O perímetro mais próximo do Museu de Arte Moderna (MAM) terá espaço aéreo exclusivo para drones que fazem a segurança das delegações
No início da tarde deste domingo, equipes do Esquadrão Antibomba da Polícia Civil realizaram varreduras em diversos hotéis onde chefes de Estado se hospedarão para o G20. Os agentes utilizaram equipamentos detectores de explosivos e um cão farejador durante a ação. Também foram feitas varreduras no Museu de Arte Moderna, onde acontecerá a reunião, e em outros pontos de grande interesse, como a Zona Portuária e o Museu do Amanhã.
Ainda no domingo, agentes do Esquadrão Antibomba da CORE inspecionaram um andar inteiro do Copacabana Palace a pedido da delegação da Coreia do Sul. A operação durou cerca de 40 minutos. A delegação sul-coreana também avisou à Polícia Federal que solicitará varreduras nas bagagens antes do retorno ao país, temendo que algo possa ser implantado nas malas.
No Sheraton, hotel onde ficarão integrantes da delegação da China, agentes da Polícia Militar estão usando equipamentos de detecção em todos os veículos. Além das forças de segurando do Estado, o Exército e a Polícia Federal também realizam varreduras nos cerca de 25 hotéis onde as delegações estarão hospedadas.
Para fazer a segurança dos hotéis e auxiliar nas escoltas dos chefes de Estado, as Forças Armadas contam com mais de 18 mil militares na operação. Com todo esse efetivo, eles atuam no monitoramento aéreo, realizam ações de contraterrorismo, proteção de infraestruturas críticas, proteção naval e aérea, defesa cibernética e antidrones. Além disso, ainda realizam varreduras para defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
E a segurança fica ainda mais reforçada com a integração internacional. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, trouxe o Serviço Secreto para cuidar de sua escolta e segurança.
A equipe do presidente dos EUA atua em parceria com as Forças Armadas — principalmente no compartilhamento de informações de inteligência e monitoramento —, além da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Todas essas forças estarão envolvidas na escolta do presidente durante sua permanência no Rio.
O G20 será realizado no Museu de Arte Moderna (MAM) no Parque do Flamengo, nos dias 18 e 19 (segunda e terça-feira). Nesta cúpula, chefes de estado das 19 maiores economias do Mundo, mais União Europeia e União Africana, vão discutir o impacto das mudanças no clima.
Para realizar o evento, o esquema de segurança alterou a paisagem da Zona Sul do Rio. Além da orla fechada para trânsito, os hotéis da região foram cercados com grades metalizadas para evitar a entrada de pessoas não autorizadas. Militares do Exército também estão posicionados nas entradas dos hotéis, ao lado de PMs, agentes do Segurança Presente e PRF.