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Varíola dos macacos chega a 67 municípios de São Paulo dois meses após 1º caso

O primeiro caso no Brasil foi confirmado na capital paulista, em 9 de junho

Varíola dos macacos: doença se espalhou primeiro pelos municípios vizinhos à capital, atingindo Guarulhos (26 casos), Santo André (25), São Bernardo do Campo (26), Osasco (24) (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Varíola dos macacos: doença se espalhou primeiro pelos municípios vizinhos à capital, atingindo Guarulhos (26 casos), Santo André (25), São Bernardo do Campo (26), Osasco (24) (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 06h21.

Em dois meses completados nesta segunda-feira, 8, a varíola dos macacos se espalhou por 67 municípios de São Paulo. O primeiro caso no Brasil - foi confirmado na capital paulista, em 9 de junho. Hoje, a cidade ainda concentra a grande maioria (80%) dos 1.636 pacientes do Estado, contabilizando 1.305 pessoas infectadas pelo vírus.

A doença se espalhou primeiro pelos municípios vizinhos à capital, atingindo Guarulhos (26 casos), Santo André (25), São Bernardo do Campo (26), Osasco (24) e quase todas as outras cidades da região. Agora, o vírus avança no interior, seguindo das maiores para as menores cidades. Em Campinas, já são 20 casos confirmados, enquanto a pequena Conchas registrou o primeiro paciente positivo no balanço desta segunda. Em Piracicaba, foram confirmados mais quatro casos nesta manhã, dentre os quais está um bebê de apenas um ano.

Leia também: Varíola dos macacos traz preconceito, medo e muda vida de gays e bissexuais

Um navio cargueiro com casos suspeitos de varíola dos macacos entre os tripulantes foi autorizado a atracar no Porto de Santos no litoral de São Paulo, nesta segunda-feira. A embarcação MV Capitain John P, de bandeira do Chipre, estava fundeada desde a última quinta-feira, 4, em área distante da costa, aguardando autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adentrar o porto.

Três tripulantes com sintomas da doença desembarcaram entre quinta e sexta-feira, 5, e foram atendidos na rede de saúde do município. Eles apresentavam erupções cutâneas compatíveis com as produzidas pela doença, mas o resultado dos exames ainda não saiu. Outros 22 tripulantes permanecem a bordo do navio. O cargueiro saiu do porto de San Lorenzo, na Argentina.

A Anvisa foi informada sobre os casos suspeitos pelo capitão do navio e notificou a Santos Port Authority, que administra o cais sobre a situação a bordo. A autoridade portuária informou que está seguindo os protocolos sanitários e as recomendações da agência. A entrada do navio no porto foi permitida para facilitar a inspeção que será realizada por agentes da Anvisa e das Vigilâncias Epidemiológicas estadual e municipal. A cidade de Santos tem 4 casos confirmados da doença até o momento.

Transmissão

A Secretaria de Saúde do Estado reforçou que o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. O vírus da monkeypox, que faz parte da mesma família da varíola, é transmitido entre pessoas e a prevalência de contágio é por contato íntimo e/ou sexual, especialmente com quem apresentar as erupções no corpo. A melhor forma de prevenção é evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; higienizar as mãos com água, sabão e álcool em gel; não compartilhar roupas de cama, talheres, copos e objetos pessoais. Também é recomendado o uso de máscaras, protegendo contra gotículas de saliva entre casos confirmados e contactantes.

O principal sintoma da monkeypox é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo. Outros sintomas são caroço no pescoço, axila e virilha, febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço e dores musculares.

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