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Vamos mudar a história do Rio, diz Marcelo Freixo

“Esta cidade não aguentava mais tratar a favela através da opressão e do medo, da morte, do silêncio e da invisibilidade", afirmou


	Marcelo Freixo: “Esta cidade não aguentava mais tratar a favela através da opressão e do medo, da morte"
 (Adriana Lorete/Divulgação)

Marcelo Freixo: “Esta cidade não aguentava mais tratar a favela através da opressão e do medo, da morte" (Adriana Lorete/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2016 às 23h11.

O candidato Marcelo Freixo (<a href="https://exame.com.br/topicos/psol"><strong>PSOL</strong></a>), segundo colocado na <a href="https://exame.com.br/topicos/eleicoes"><strong>eleição</strong></a> para prefeito do Rio de Janeiro, discursou para uma multidão que o aguardava nos Arcos da Lapa. Ele só falou neste domingo (2) depois que o percentual de votos apurados lhe garantia matematicamente no segundo turno, que disputará com Marcelo Crivella (PRB).</p>

Em terceiro lugar, ficou o candidato Pedro Paulo (PMDB), que representava a continuidade do projeto político do prefeito Eduardo Paes, do mesmo partido.

“Esta cidade não aguentava mais tratar a favela através da opressão e do medo, da morte, do silêncio e da invisibilidade. Nós chegamos ao segundo turno não foi para ganhar uma eleição. Foi para mudar a história do Rio de Janeiro. Para aprofundar a democracia, criar os conselhos de bairro, para valorizar o servidor público, para fazer com que a saúde olhe para a vida de quem mais precisa. Dignidade não pode ter CEP na cidade do Rio de Janeiro”, discursou Freixo.

Em seguida, após o ato, ele conversou com os jornalistas e disse que, se eleito, vai procurar o presidente Michel Temer, com quem possui diferenças políticas, para manter uma relação institucional.

“Qualquer um que ganhe a eleição, tem que agir como prefeito. Eu tenho a minha opinião sobre o governo Michel Temer, mas o prefeito do Rio de Janeiro tem que defender aquilo que é direito da cidade. Vamos conversar com qualquer governo, seja estadual ou federal. É uma relação institucional e assim será feito.”

Freixo disse que buscará, no segundo turno, diálogo com representantes de várias religiões para discutir um projeto para a cidade, embora considere importante separar Estado e religião.

“Nós temos um programa debatido durante um ano e meio, com vários setores da sociedade, inclusive com setores religiosos, mas, neste momento, é muito importante reafirmar o Estado laico. Importante entender que o Estado é uma coisa e a religião é outra. Nós temos muito boa relação com as religiões. Elas cumprem um papel importante, mas acho perigoso qualquer religião estar dentro do Estado e cumprir um papel político. Eu convoco todas as religiões para um debate de cidade.”

Freixo passou para o segundo turno com 553.424 votos, 18,26% do total. Crivella obteve 842.201 votos, 27,78% do total. O terceiro colocado, Pedro Paulo, recebeu 488.775 votos, 16,12%.

Foram apurados 4.898.044 votos. Houve 1.189.187 abstenções, 24,28% do total. Os votos em branco foram 204.110 (5,50%) e os nulos, 473.324 (12,76%).

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