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Vale: Justiça bloqueia mais de R$ 50 mi por evacuação em Barão de Cocais

Ação retirou 492 pessoas de sua localidade no município mineiro; desde tragédia de Brumadinho, mineradora já teve R$ 12,6 bilhões bloqueados

Vale: Mineradora já foi obrigada a fazer um depósito judicial de cerca de R$ 7 bilhões (Washington Alves/Reuters)

Vale: Mineradora já foi obrigada a fazer um depósito judicial de cerca de R$ 7 bilhões (Washington Alves/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de março de 2019 às 20h46.

Última atualização em 1 de março de 2019 às 21h15.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu o bloqueio de mais R$ 50 milhões da Vale para garantir ressarcimento de prejuízos causados em evacuação desordenada em Barão de Cocais. Desde a tragédia de Brumadinho, a mineradora já teve R$ 12,6 bilhões bloqueados e foi obrigada a fazer um depósito judicial de cerca de R$ 7 bilhões.

Segundo o MPMG, 492 pessoas tiveram que deixar as localidades de Gongo Soco, Tabuleiro, Piteiras e Socorro, em 8 de fevereiro, sob o risco de serem atingidas no caso de rompimento da barragem de Laranjeiras. A estrutura fica em Barão de Cocais, mas atende ao Complexo de Brucutu, que fica no município de São Gonçalo do Rio Abaixo e teve a licença suspensa.

As localidades de Barão de Cocais foram as primeiras a serem evacuadas após a tragédia de Brumadinho. Desde então, áreas impactadas por pelo menos outras cinco barragens, além das de Brumadinho, também foram evacuadas. A decisão foi tomada à medida principalmente que as empresas que auditavam essas estruturas começaram a se recusar a atestar a segurança.

No comunicado distribuído na tarde desta sexta, o MPMG destaca que a Justiça considerou, na decisão, que o bloqueio de bens é "essencial, considerando-se o envolvimento da Vale, nos últimos anos, em desastres ambientais de grande magnitude e em outras ações de evacuação de pessoas".

O MPMG também determinou que a Vale adote medidas para garantir aos desalojados assistência integral. Segundo informações divulgadas pela Vale no fim da semana passada, cerca de mil pessoas estão fora de casa por precaução. "Esses atos concretos, quando ilícitos, gerarão reflexos patrimoniais ainda desconhecidos, mas capazes, certamente, de comprometer o patrimônio da empresa, de tal modo a tornar impossível a reparação dos prejuízos suportados pelos moradores", afirma o MPMG no comunicado.

Procurada, a Vale ainda não se posicionou sobre o novo bloqueio.

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