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Vale evacua moradores de perto de barragem por possível instabilidade

Cerca de 200 moradores foram evacuados de suas casas em área próxima a uma barragem de rejeitos na noite de sábado

Os forçados a sair foram levados a um centro comunitário e serão posteriormente alocados em hotéis, disse a companhia (Washington Alves/Reuters)

Os forçados a sair foram levados a um centro comunitário e serão posteriormente alocados em hotéis, disse a companhia (Washington Alves/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2019 às 11h08.

Cerca de 200 moradores foram evacuados de suas casas em área próxima a uma barragem de rejeitos da mineradora Vale na noite de sábado, em meio a temores de que a unidade possa ter fragilidades estruturais que a colocariam em risco de colapso, como em outra barragem da companhia em Brumadinho (MG) que rompeu no mês passado e deixou centenas de mortos.

A Vale disse em comunicado que evacuou as pessoas que moravam perto da barragem inativa B3/B4 de sua mina Mar Azul, a cerca de 25 quilômetros ao sul de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, após revisar dados de segurança sobre a estrutura.

Os forçados a sair foram levados a um centro comunitário e serão posteriormente alocados em hotéis, disse a companhia.

A evacuação acontece pouco mais de uma semana após duas comunidades localizadas próximas de barragens terem sido forçadas a deixar suas casas por temores similares de problemas nas estruturas.

O colapso em janeiro de uma barragem da Vale na mesma área levou a uma avalanche de lama que engoliu propriedades rurais e casas e deixou um saldo de mortos estimado em cerca de 300 pessoas, no que é o maior desastre já registrado pela indústria de mineração no Brasil.

Conforme surgem evidências de que a Vale ignorou alertas de problemas na barragem em Brumadinho, cresce a pressão para que a companhia e outras mineradoras adotem medidas de segurança para evitar um novo desastre.

Uma barragem também usada para armazenar rejeitos de mineração e operada pela Samarco, parceria entre Vale e BHP, já havia rompido em 2015, matando 19 pessoas e levando ao maior desastre ambiental do Brasil.

(Por Brad Brooks em São Paulo e Marta Nogueira no Rio de Janeiro)

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