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Valdemar Costa Neto é preso durante busca e apreensão por posse de arma ilegal

O mandado é referente a Operação Tempus Veritatis, que visa apurar organização criminosa que atuou em 'tentativa de golpe de Estado', segundo a PF

Valdemar Costa Neto: Durante a busca, policiais encontraram uma arma sem registro e ele foi preso em flagrante (Partido Liberal/Divulgação)

Valdemar Costa Neto: Durante a busca, policiais encontraram uma arma sem registro e ele foi preso em flagrante (Partido Liberal/Divulgação)

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 11h35.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2024 às 14h32.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi alvo de um mandado de busca e apreensão, cumprido pela Polícia Federal, nesta quinta-feira, 8, na Operação Tempus Veritatis, que visa apurar uma suposta organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Durante a busca, policiais encontraram uma arma sem registro e ele foi preso em flagrante.  

A assessoria do presidente confirmou que ele foi encaminhado à PF para prestar esclarecimento sobre a arma sem registro. Procurada, a PF disse que não confirma nomes de investigados ou alvos de medidas judiciais. A EXAME confirmou com diversas fontes a prisão em flagrante. 

Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas. Policiais federais cumprem as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Segundo a PF, outro núcleo de ação investigado atuava na preparação para realizar um golpe de Estado, "com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em ambiente politicamente sensível".

Documentos

Nos documentos que embasam as investigações, mostram que o PL e o Instituto Voto Legal (IVL), que fiscaliza todas as fases do processo de votação, iriam contratar uma empresa com objetivo de “validar estudos estatísticos que apresentasse indícios de funcionamento incorreto do sistema eletrônico de votação".

A empresa era a Gaio.io, com sede em Uberlândia (G) e que foi citada nove vezes no relatório técnico apresentado pelo IVL. Ainda segundo o documento, Valdemar Costa Neto tinha plena ciência do estudo fraudado e que iria divulgar para a imprensa.

Na decisão que autorizou a busca e apreensão, o ministro do STF Alexandre de Moraes descreve que os investigados não podem sair do país e é necessário a entrega de todos os passaportes (nacionais e estrangeiros) no prazo de 24 horas. O ministro ainda diz que irá analisar todo o contéudo digital e apresentar um relatório relatório parcial no prazo máximo de 60 dias.

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