Brasil

Vai ter mais quebra-quebra, diz manifestante

Um estudante de 18 anos, que estava entre os que atiravam pedras no Edifício Matarazzo, afirma que esse é o único jeito de ser ouvido


	"A Dilma foi contra a ditadura. Foi presa. Procura lá na ficha dela os roubos que ela fez. Por que a gente não pode fazer isso?", disse estudante
 (REUTERS/Alex Almeida)

"A Dilma foi contra a ditadura. Foi presa. Procura lá na ficha dela os roubos que ela fez. Por que a gente não pode fazer isso?", disse estudante (REUTERS/Alex Almeida)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 15h51.

São Paulo - Manifestantes que participaram de invasão da Prefeitura na noite dessa terça-feira, 18, prometem mais quebra-quebra nas próximas manifestações.

Um estudante de 18 anos, que estava entre os que atiravam pedras no Edifício Matarazzo, afirma que esse é o único jeito de ser ouvido. "Se não ouvir a gente, se não prestar atenção na gente, vai ter muito mais", disse.

"A Dilma foi contra a ditadura. Foi presa. Procura lá na ficha dela os roubos que ela fez. Por que a gente não pode fazer isso?", disse. De acordo com ele, a tarifa é apenas a "faísca" de tudo que vem acontecendo. Entre os partidários do quebra-quebra como instrumento político, há punks e pichadores, entre outros grupos. Os gritos de guerra deles são "Sem moralismo, sem moralismo" e "Se não quebrar não vai rolar".

Um grupo maior e menos agressivo, porém, se arrisca para tentar conter a depredação. O corretor de imóveis Gustavo Klis, de 26 anos, foi agredido para impedir que a bandeira do Brasil fosse queimada, como aconteceu com as da cidade e do Estado de São Paulo. "Nós estivemos seis atos defendendo essa bandeira. É uma hipocrisia queimá-la agora", afirma.

Vestido de Super-homem, o artista plástico William Steadille, de 18 anos, fez parte de uma corrente humana para impedir que a porta dos fundos da Prefeitura fosse arrombada com um poste. "Não é de violência que o Brasil precisa. É de voz, de um grito. Isso não é um grito, é uma lesão", ele afirma.

Até o empresário Oscar Maroni, dono da boate Bahamas, foi até o local para dar apoio ao grupo que tentava invadir o prédio do Executivo municipal. "Isso aqui é o novo povo deixando de agir como gado", disse.

Um vendedor de churrasco não se importou com o fato de a Tropa de Choque e manifestantes estarem prestes a entrar em confronto. "Não penso nada disso. Mas já vendi vários churrascos", disse, pouco antes de ter de se retirar devido às bombas de gás jogadas pelos policiais.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisPolítica no BrasilProtestosProtestos no Brasilsao-pauloViolência urbana

Mais de Brasil

Linhas 8 e 9 começam a disponibilizar Wi-Fi gratuito em todas as estações; saiba como acessar

Bolsonaro indiciado pela PF: entenda o inquérito do golpe em cinco pontos

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta