Brasil

Vacinação contra covid-19 deve ser anual para idosos e profissionais da saúde, diz Queiroga

Calendário de imunização para 2023 não está fechado; outros grupos ainda podem ser contemplados

Vacinação: calendário das campanhas de 2023 deve incluir a vacina da covid-19 para grupos de risco (AFP/AFP)

Vacinação: calendário das campanhas de 2023 deve incluir a vacina da covid-19 para grupos de risco (AFP/AFP)

AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de junho de 2022 às 17h40.

Última atualização em 6 de junho de 2022 às 17h50.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou nesta segunda-feira que a campanha de vacinação contra a covid-19 deverá contemplar idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades em 2023. A pasta não descarta, contudo, fornecer doses anuais a outras parcelas da população, já que o calendário do próximo ano ainda está em avaliação.

O que dizem as últimas pesquisas científicas mais importantes? Descubra ao assinar a EXAME, por menos de R$ 0,37/dia.

Integrantes do ministério ouvidos em caráter reservado pelo O Globo disseram que a definição dependerá do cenário epidemiológico da covid-19 no Brasil, mas que a tendência é de que haja restrição de público-alvo, como na campanha contra a gripe. Quem não integrar um grupo prioritário terá a possibilidade de se imunizar em laboratórios particulares, que iniciou na semana passada. Uma dose de AstraZeneca custa R$ 350 na rede privada.

"Em 2023, não faltará vacina, o que precisa é definir qual é o público-alvo que a ciência ainda definiu. A gente trabalha fortemente para ter essas respostas. Provavelmente idosos, profissionais de saúde, [pessoas com] comorbidades seguramente estarão incluídos, mas, se for necessário fazer uma campanha tão ampla, se faz", afirmou Queiroga.

As declarações foram dadas na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Planalto, na região central de Brasília, onde o ministro recebeu a quarta dose da vacina contra a covid-19. Além desse público, a pasta liberou a aplicação para a faixa a partir de 50 anos e para imunossuprimidos, isto é, pessoas com câncer, com HIV/aids ou transplantadas.

LEIA TAMBÉM: Mais de dois terços das pessoas no mundo têm anticorpos contra covid, diz OMS

Na ocasião, Queiroga minimizou a alta de casos vivida pelo Brasil nas últimas semanas e atribuiu à maior prevalência de doenças respiratórias no outono e no inverno. Boletim do consórcio de imprensa do qual O Globo faz parte mostrou no último domingo que média móvel de casos está em alta há dez dias, chegando a 29.342 diagnósticos positivos. O valor é 103% maior que o de 15 dias atrás.

"Agora, houve um aumento de casos. Primeiro, porque a gente vive a época do inverno. É uma sazonalidade: pode aumentar não só de covid mas também de outras viroses respiratórias e isso, de alguma maneira, causar pressão sobre o sistema de saúde. Pode haver pressão sobre o sistema de saúde e as pessoas procurarem mais as Unidades Básicas de Saúde? Pode, o sistema de saúde está preparado", disse.

Após criticar o uso de máscara no último fim de semana, Queiroga recuou e voltou a dizer que a decisão é individual. A pasta não deve, portanto, recomendar a obrigatoriedade. "Aqueles que se sentirem confortáveis em usar máscara, que usem. (...) O ministério recomenda que o cuidado é individual e o benefício é de todos."

(Agência O Globo)

LEIA TAMBÉM: SP aplica 4ª dose contra covid em maiores de 50 anos e profissionais de saúde

Acompanhe tudo sobre:Coronavírusvacina contra coronavírusVacinas

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua