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Após ser retomada, vacina de Oxford terá mais 5 mil voluntários no Brasil

Anvisa autorizou ampliação dos testes, que contariam com 5 mil participantes no país

Vacinas: Oxford está fazendo testes no Reino Unido, África do Sul e Estados Unidos (Fundo de Investimento Direto Russo/Divulgação/Reuters)

Vacinas: Oxford está fazendo testes no Reino Unido, África do Sul e Estados Unidos (Fundo de Investimento Direto Russo/Divulgação/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 14h44.

Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 16h55.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a inclusão de mais 5.000 voluntários brasileiros nos estudos da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.

Originalmente, os testes no país contariam com 5.000 participantes, número ampliado para 10.000 após pedido da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena os estudos no Brasil, e aval da Anvisa.

Passarão a fazer parte do ensaio clínico voluntários de Natal, Porto Alegre e Santa Maria. Os testes nesses centros serão conduzidos pelo Centro de Pesquisas Clínicas de Natal (CPClin), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), respectivamente. Os novos participantes se somarão aos voluntários recrutados em São Paulo, Rio e Salvador.

De acordo com a Unifesp, não haverá uma divisão exata do número de voluntários em cada local. "Será livre recrutamento, até alcançar o número de 5.000 selecionados", disse a instituição, em nota.

A partir de agora, idosos também poderão ser recrutados para o estudo. Inicialmente, somente participantes com menos de 60 anos eram aceitos.

Segue valendo a regra de priorizar a inclusão de profissionais de saúde e outros trabalhadores em funções com alto risco de exposição ao coronavírus, como motoristas de ambulância, seguranças de hospitais e agentes de limpeza desses estabelecimentos.

"Isso é extremamente importante porque incluímos nessa fase pessoas que sabidamente têm risco mais elevado de complicações à covid-19 e, assim, o estudo pode refletir ainda mais a realidade. Isso, além de ampliarmos bastante o número de participantes, o que dará ainda mais robustez na análise de dados relacionados à segurança e eficácia da vacina", disse, em nota, a professora Lily Weckx, responsável por liderar o estudo da vacina no Brasil.

A vacina de Oxford está sendo testada ainda no Reino Unido, África do Sul e Estados Unidos. Na semana passada, os estudos foram suspensos globalmente pela AstraZeneca após uma participante britânica apresentar reação adversa grave.

Os testes ficaram interrompidos por quatro dias para que um comitê independente de especialistas avaliasse se a intercorrência tinha relação com a vacina. Ao final da análise, o grupo concluiu que os estudos poderiam ser continuados e tiveram autorização dos órgãos regulatórios do Reino Unido e do Brasil para a retomada.

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