Vacina: a aplicada pelo SUS protege contra três variantes. (Brendan McDermid/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 12 de maio de 2023 às 17h40.
Última atualização em 12 de maio de 2023 às 17h42.
O Ministério da Saúde decidiu ampliar a vacinação contra a gripe para toda a população brasileira com mais de seis meses de idade. A medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira, 15, dependendo apenas da coordenação dos estados.
Até o momento, segundo dados do próprio ministério, 21 milhões de brasileiros foram imunizados contra o vírus influenza, causador da gripe.
A vacinação começou em 10 de abril apenas para grupos prioritários, mas agora será estendida para praticamente toda a população. A meta do governo federal é vacinar até 90% dos brasileiros. A campanha vai até o fim do mês de maio.
Na capital paulista, onde apenas 1/4 da população se vacinou contra o vírus influenza, a Prefeitura já confirmou que irá liberar o imunizante para todos com mais de 6 meses a partir de segunda-feira, 15.
Levantamento do município apontou que, até esta sexta-feira, 26% dos paulistanos haviam sido imunizados. Por ora, estavam sendo vacinados idosos com mais de 60 anos, crianças de até seis anos, gestantes, puérperas, profissionais de saúde e de educação, trabalhadores de serviços de transporte, indígenas e população carcerária, entre outros.
"A vacina está disponível para todos os grupos elegíveis e em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Com o início do inverno, em que o vírus circula com mais intensidade, a vacinação pode ajudar a minimizar os sintomas respiratórios, evitando internações", ressaltou o secretário municipal da Saúde Luiz Carlos Zamarco.
O imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com funcionamento de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e em AMAs/UBS Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.
469 Unidades Básicas de Saúde (UBS)
Funcionamento: de segunda a sexta-feira.
Horário: das 7h às 19h.
Veja aqui a lista com os endereços das unidades básicas de saúde (UBS)
Os endereços das UBS também podem ser acessados pela ferramenta Busca Saúde.
A vacina contra a gripe oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é do tipo trivalente e protege contra duas cepas do vírus influenza A e uma do influenza B. Há disponível no Brasil o imunizante quadrivalente, que protege contra quatro variantes. Essa versão da vacina é disponível apenas no mercado privado.
De acordo com nota técnica do Ministério da Saúde, a vacina aplicada em 2023 contém variações do vírus influenza A, sendo presentes as variantes Sydney (H1N1), e a Darwin (H3N2). Há ainda uma variante do vírus B chamada Áustria (linhagem B/Victoria).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacinação contra a gripe é anual por dois motivos. "O primeiro é que a proteção conferida pela vacina cai progressivamente seis meses depois da aplicação. O segundo é a variação dos subtipos de influenza circulantes a cada ano. Como eles mudam com frequência, mesmo que o efeito da vacina durasse mais tempo, ela poderia não proteger contra os vírus do inverno seguinte".
Toda e qualquer vacina pode gerar algum efeito colateral e não há necessidade de se preocupar, apontam médicos e cientistas. Os mais comuns são reações no local da aplicação. Em casos mais raros, há dor de cabeça, febre e fadiga, mas os sintomas passam em até 48 horas.
A recomendação dos médicos é para que, caso os sintomas sejam muito fortes, use medicamentos para controlar a febre e as dores. O uso de anti-inflamatório é desaconselhado porque pode atrapalhar a resposta do corpo ao processo inflamatório natural na criação de anticorpos contra a gripe.
Segundo médicos, especialistas e norma do Ministério da Saúde, as duas vacinas podem ser aplicadas no mesmo dia. A exceção é para o imunizante contra o coronavírus em crianças até 11 anos. Nesses casos, a recomendação é ter um intervalo de 15 dias.
O Ministério da Saúde começou, no dia 27 de fevereiro, uma nova campanha de vacinação contra a covid-19. Todos os brasileiros acima de 18 anos já podem receber o imunizante. No país é aplicada a vacina bivalente da Pfizer que protege contra o vírus original do SARS-CoV-2 e as últimas variantes, como a Ômicron, altamente transmissível.
(Com Estadão Conteúdo)