Brasil

Vacina contra rotavírus reduz morte de crianças

Internações por diarreia grave caíram 17% em três anos de prevenção da doença

Em 2006, o Brasil foi o primeiro país a incluir a vacina no seu calendário nacional de imunizações (Win McNamee/Getty Images)

Em 2006, o Brasil foi o primeiro país a incluir a vacina no seu calendário nacional de imunizações (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 10h15.

São Paulo - Três anos de vacinação contra rotavírus diminuíram em 22% o número de mortes de crianças com menos de 5 anos por diarreia grave no País. Internações pelo problema caíram 17% no período. Em valores absolutos, o programa evitou a internação de 130 mil crianças e a morte de 1,5 mil. É o que mostra um estudo publicado na PLoS Medicine, o primeiro a avaliar o impacto da imunização contra rotavírus em um cenário de "mundo real", fora do contexto dos testes clínicos. No trabalho, os pesquisadores compararam dados de internação e mortalidade nos três anos seguintes à inclusão da vacina - de 2007 a 2009 - com os anos anteriores à adoção do imunizante - de 2002 a 2005.

O Brasil foi o primeiro país a incluir a vacina no seu calendário nacional de imunizações, em 2006. À época, vários pediatras brasileiros consideraram temerária a decisão. Em 1998, havia sido licenciada a primeira vacina contra rotavírus nos Estados Unidos. Um ano depois, ela foi suspensa, pois aumentava a ocorrência de obstruções intestinais, quadro clínico grave, em crianças que receberam a vacina após os seis primeiros meses de vida.

"Com o trauma, as exigências de segurança cresceram muito", recorda o virologista Eduardo Volotão, do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC-Fiocruz). "O FDA (agência americana de vigilância sanitária) só aprovou uma nova vacina contra rotavírus dez anos depois".

Em boa medida, o estudo da PLoS Medicine coroa os esforços para superar o trauma da vacina de 1998, comprovando que a imunização contra o rotavírus realmente diminui a mortalidade infantil. Assinam o trabalho estudiosos do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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