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Vacina contra a covid-19 pode estar no SUS em janeiro de 2021, diz Doria

O governador de São Paulo afirmou que o Instituto Butantan teria capacidade de disponibilizar a vacina para 60 milhões de pessoas no primeiro momento

Vacina chinesa em teste no Brasil. (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Vacina chinesa em teste no Brasil. (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

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Clara Cerioni

Publicado em 27 de julho de 2020 às 12h11.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira, 27, que a vacina contra a covid-19 pode estar disponível para a população a partir de janeiro de 2021. 

"Se os testes forem concluídos com bons resultados, ela já poderá ser produzida, mediante autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na segunda quinzena do mês de novembro, ou nos primeiros dias de dezembro. Aí teríamos uma quantidade necessária para iniciar a imunização de brasileiros de todo o país no início de janeiro de 2021 pelo Sistema Único de Saúde", disse Doria em entrevista à Rádio Itatiaia na manhã desta segunda.

O Instituto Butantan lidera no Brasil os testes da CoronaVac, uma das mais promissoras do mundo e desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech.

A vacina em teste no Brasil está na chamada fase 3 em que um grande número de pessoas participa do estudo para comprovar a eficácia. Na última terça-feira, 21, a primeira voluntária brasileira, uma médica do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo, recebeu uma dose. A previsão é de todos os testes sejam concluídos até outubro deste ano. 

Além do HC, outros 11 centros de pesquisa aplicam a vacina em 9 mil voluntários, todos profissionais da saúde, de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Mais de um milhão de pessoas destes estados se candidataram para participar do ensaio clínico.

Para comprovar que a vacina funciona, os pesquisadores aplicam duas doses, uma na primeira consulta em que os voluntários assinam um termo de compromisso, e a segunda após 14 dias.

Os estudos das fases 1 e 2 da vacina chinesa, realizados em humanos saudáveis e em animais, mostraram segurança e capacidade de provocar resposta imune "favoráveis", segundo o laboratório. Alem disso, não foram percebidos efeitos colaterais significativos.

O acordo entre o governo de São Paulo e o laboratório Sinovac, que tem custo estimado de 85 milhões de reais, prevê a transferência total de tecnologia para que o Instituto Butantan possa produzir a vacina em território nacional.

De acordo com Doria, o instituto teria total autonomia para produzir a vacina, sem a necessidade de importações. A capacidade seria de imunizar 60 milhões de pessoas neste primeiro momento.

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