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Usuário de crack receberá R$ 15 por dia para trabalhar em SP

Prefeitura de São Paulo diz ter cadastrados 400 usuários de drogas da Cracolândia em programa que oferecerá trabalho, moradia e alimentação de forma a esvaziar a região


	Usuários de drogas na Cracolândia, no Centro de São Paulo: prefeitura espera desmobilizar "favelinha" montada na região oferecendo trabalho
 (Marcelo Camargo/ABr)

Usuários de drogas na Cracolândia, no Centro de São Paulo: prefeitura espera desmobilizar "favelinha" montada na região oferecendo trabalho (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 14h52.

São Paulo – A prefeitura de São Paulo vai pagar R$ 15 por dia para usuários de crack da região da Cracolândia que prestarem serviços para o município. O anúncio do programa foi feito pelo prefeito Fernando Haddad (PT) no início da semana, e detalhado pelo Secretário de Segurança Pública, Roberto Porto, em entrevista à rádio CBN.

Segundo o secretário, os usuários que aderirem ao programa vão trabalhar quatro horas por dia em serviços de zeladoria – como a varrição de parques e praças da cidade.

Além disso, terão que cumprir mais duas horas diárias em programas de requalificação profissional.

O pagamento de R$15 será feito por dia trabalhado, para evitar que o usuário receba mensalmente sem ter cumprido a carga horária completa. O plano também inclui benefícios como alimentação, kit de higiene pessoal, vale-transporte e seguro de vida coletivo.

De acordo com Porto, já há 400 usuários cadastrados no programa. Todos terão direito a hospedagem em hotéis da região central, desde que cumpram as regras. Eles também receberão acompanhamento médico, sendo encaminhados para hospitais caso não estejam em condições de trabalho.

Em relação aos barracos montados na Cracolândia - apelidados de “favelinha” e que têm causado críticas de moradores -, Porto afirmou que serão removidos pelos próprios usuários.

“Conforme forem encaminhados para os hotéis, eles mesmos vão começar a desmontar esses barracos, com a ajuda da prefeitura. Isso já está pactuado. Não é uma ação higienista que vai espalhar o problema pela cidade”, disse.

Segundo Porto, 40 menores de idade também estão cadastrados e serão encaminhados para escolas ou creches.

O secretário garantiu que o programa começará ainda em janeiro deste ano, mas afirmou que o custo para os cofres públicos ainda não está fechado. 

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