Bilhete único: um terço dos cadastrados recebe até um salário mínimo; isso significa que, para eles, o custo do bilhete integral corresponderá a 34% da renda mensal (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2013 às 08h48.
São Paulo - Apesar do preço relativamente alto (230 reais para o cartão integrado), a grande maioria dos cadastrados no Bilhete Único Mensal ganha menos de dois salários mínimos. Dados da São Paulo Transporte (SPTrans) mostram que 65% dos passageiros têm renda individual de até R$ 1.147 mensais. O novo cartão começa a funcionar neste sábado, 30, para quem se cadastrou até a semana passada.
Na hora da inscrição no site da SPTrans, os interessados podem preencher um questionário socioeconômico. A reportagem teve acesso ao perfil formado pelas respostas a essas perguntas. Ao todo, 125.080 passageiros se inscreveram no formulário virtual entre abril, quando o cadastro foi aberto, e segunda-feira, 22. O número de cadastrados até as 9h30 desta quinta-feira, 28, era de 153.267 passageiros.
A maior parte dos usuários do Bilhete Único Mensal (57%) é do sexo feminino. Os jovens de até 24 anos representam 46% do total de inscritos para obter o benefício (outros 38% têm entre 25 e 40) e 38,3% dos usarão o cartão trabalham e estudam. Os que só trabalham somam 29,5% e os que apenas estudam chegam a um patamar de 29,4%.
Um terço dos cadastrados (33,3%) recebe até um salário mínimo. Isso significa dizer que o Bilhete Único Mensal integrado (o único que permitirá viagens de ônibus, metrô e trens por um preço fixo por mês), ao custo de 230 reais, corresponderá a 34% da renda mensal.
Na outra ponta, quem ganha acima de R$ 9.263,00 (ou quase 14 salários mínimos) representa 0,5% de todos os interessados no cartão, de acordo com as estatísticas da SPTrans. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.