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USP mantém posição, mas Unifesp e Unesp caem em ranking de universidades

A edição de 2022 do levantamento foi divulgada na quarta-feira, dia 1º, com 59 representantes brasileiras

 (USP/Reprodução)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 13h31.

A Universidade de São Paulo (USP) se manteve como a melhor instituição de ensino superior da América Latina, mas sete universidades brasileiras caíram de posição no ranking da revista britânica Times Higher Education (THE), referência mundial na análise de educação universitária. A edição de 2022 do levantamento foi divulgada na quarta-feira, dia 1º, com 59 representantes brasileiras. Pelo sexto ano consecutivo, a Universidade de Oxford, do Reino Unido, ocupou o primeiro lugar da lista.

O Instituto de Tecnologia da Califórnia e a Universidade de Harvard, ambos dos Estados Unidos, ficaram empatados na segunda posição. A Universidade de Stanford e a Universidade de Cambridge, respectivamente dos EUA e do Reino Unido, completam o top 5.

A avaliação considera 13 indicadores que medem o desempenho das instituições em pesquisa, qualidade de ensino, volume de citações em artigos científicos, projeção internacional, entre outros. Para esta edição, foram analisados dados que incluem 108 milhões de citações em mais de 14 milhões de publicações científicas em todo o mundo. Também foi feita uma pesquisa com 22 mil representantes acadêmicos.

Dificuldades orçamentárias, baixa internacionalização e barreiras burocráticas são apontadas por especialistas como entraves para o Brasil alcançar melhores colocações nesses rankings. A gestão Jair Bolsonaro vem sendo criticada por cortes de verba para as universidades e para a pesquisa. Procurado para comentar os resultados do ranking, o Ministério da Educação (MEC) ainda não havia se manifestado até a publicação desta matéria.

Veja a seguir as quedas das universidades brasileiras no ranking:

- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - caiu da faixa 601-800, no ano passado, para 801-1.000;

- Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - caiu da faixa 601-800, no ano passado, para 801-1.000;

- Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) - caiu da faixa 601-800, no ano passado, para 801-1.000;

- Universidade de Brasília (UnB) - caiu da faixa 801-1.000, no ano passado, para 1.001-1.200;

- Universidade Estadual Paulista (Unesp) - caiu da faixa 801-1.000, no ano passado, para 1.001-1.200;

- Universidade Federal de Pelotas (UFPel) - caiu da faixa 801-1.000, no ano passado, para 1.001-1.200;

- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - caiu da faixa 801-1.000, no ano passado, para 1.001-1.200.

Pesquisas sobre covid-19

Com a pandemia de covid-19 em andamento, as classificações do ranking refletiram o papel das universidades na compreensão e gerenciamento da crise sanitária. Instituições que desenvolveram pesquisas sobre a pandemia tiveram aumento significativo em suas pontuações. Saiu da Universidade de Oxford, primeira colocada da lista, a vacina contra covid da AstraZeneca, uma das mais utilizadas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Outras universidades focadas em saúde subiram de posição em relação ao ano passado graças a pesquisas sobre covid. Entre elas, representantes da China, onde a pandemia teve origem, do Taiwan e da Arábia Saudita. De modo geral, nunca antes tantos países entraram no ranking. Ao todo, foram 1.662 universidades de 99 países e regiões, 136 a mais que no ano passado.

Segundo Phil Baty, editor da revista, será "interessante observar como Estados Unidos, Reino Unido e outros sistemas educacionais líderes poderão responder aos desafios da covid-19, incluindo atrair talentos acadêmicos internacionais e os possíveis impactos profundos no financiamento para manter suas posições".

No Brasil, as instituições de ensino superior tiveram de restringir o uso da sua estrutura física, incluindo laboratórios e bibliotecas, para respeitar as regras de quarentena, uma das estratégias para frear o avanço do coronavírus. A maior parte das instituições de ensino superior ainda não retomou totalmente as atividades presenciais.

O destaque este ano ficou com a China, que vem subindo rapidamente de colocação nas últimas edições do levantamento. O país asiático alcançou sua melhor posição até hoje, com duas universidades empatadas em 16.º lugar e dez entradas no top 200. Japão, Coreia do Sul, Rússia, Cingapura, Nova Zelândia e Hong Kong também tiveram seus melhores resultados da história.

Já a América Latina bateu recorde de representação no ranking, com 125 universidades. O Brasil foi o país com o maior número de estreantes da região, com nove instituições incluídas na lista pela primeira vez, todas abaixo da 1.201ª posição.

Confira, abaixo, as nove universidades brasileiras com melhor classificação no ranking:

- Universidade de São Paulo (USP) - posição: 201-250;

- Universidade de Campinas (Unicamp) - posição: 401-500;

- Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - posição: 601-800;

- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - posição: 601-800;

- Universidade Federal de Sergipe (UFS) - posição: 601-800;

- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - posição: 801-1.000;

- Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - posição: 801-1.000;

- Universidade de Fortaleza (Unifor) - posição: 801-1.000, subiu em relação ao ano passado;

- Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) - posição: 801-1.000.

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