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USP fica atrás de universidades do México em ranking de sustentabilidade

Instituições de ensino são avaliadas de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de junho de 2024 às 10h23.

O Brasil continua fora da liderança na América Latina no Impact Rankings 2024, elaborado pela Times Higher Education’s (THE), que classifica 2.152 universidades de 125 países de acordo com suas contribuições para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Apesar de o Brasil ser maioria entre as latino-americanas no ranking, não é brasileira a universidade que ocupa o primeiro lugar na América Latina. Foi a Universidade Nacional Autônoma do México que ganhou a melhor classificação na categoria geral, ficando em 64.º lugar. O segundo lugar também é do México, o Instituto Tecnológico de Monterrey. Já a mexicana Universidade de Guadalajara empatou como terceira colocada junto com a USP, na América Latina.

"Há algumas conquistas realmente notáveis das universidades da América Latina, mais notavelmente do México, com o melhor desempenho em seis dos 17 objetivos e em 64.º lugar na categoria geral", destacou Phil Baty, diretor de assuntos globais do THE.

Para além do recorte latino-americano, a Western Sydney University, na Austrália, foi classificada como a melhor universidade do mundo pelo Impact 2024. O país é também o que possui o maior número de universidades entre as 10 primeiras do ranking geral, seguido pelo Reino Unido e pelo Canadá.

A América Latina tem 168 universidades na categoria geral do Impact 2024. São 60 universidades brasileiras - 10 a mais que no ano passado - na classificação global. Em segundo lugar na região, aparece a Colômbia, com 29 instituições de ensino.

O ranking, que está em seu sexto ano, avalia as instituições de ensino superior de todo o mundo em quatro grandes áreas:

- Pesquisa sobre tópicos relevantes e que se relacionado aos ODS;

- Gestão das universidades em consonância com os ODS;

- Divulgação do trabalho que as universidades realizam com suas comunidades locais, regionais, nacionais e internacionais;

- Ensino que garante que os alunos e egressos apliquem os os ODS em suas carreiras.

A universidade brasileira mais bem classificada na categoria geral é a Universidade de São Paulo (USP), que ficou na faixa dos 101 aos 200 primeiros colocados (a partir do 101.º lugar, a classificação se dá por faixas).

A USP se destacou nos ODS relativos a: erradicação da fome; energia limpa e acessível; trabalho decente e crescimento econômico; e indústria, inovação e infraestrutura.

"É fantástico ver a participação de 60 universidades do Brasil no Impact Rankings 2024 (contra 47 em 2023) , e oito dentre as 400 melhores", disse Phil Baty, diretor de assuntos globais da THE.

Em segundo lugar entre as brasileiras está a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em Minas Gerais, e na terceira posição, a Universidade Federal do Pará (UFPR).

América Latina

As universidades latino-americanas estão entre as 10 primeiras em quatro categorias dos ODS:

- Erradicação da pobreza: Tecnológico de Monterrey, no México, na 9.ª posição;

- Igualdade de gênero: Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, na 9.ª posição;

- Energia limpa e acessível: Universidade Nacional Autônoma do México, na 2.ª posição;

- Indústria, inovação e infraestrutura: Universidade Nacional Autônoma do México, na 9.ª posição.

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