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USP aprova demissão voluntária de quase 400 funcionários

Além dos aprovados no PIDV, haverá uma lista de espera composta por 1.058 servidores que não tiveram seus requerimentos de adesão deferidos


	USP: médicos e enfermeiros não puderam participar desta etapa do programa de demissão voluntária
 (Cecília Bastos /Jornal da USP/Divulgação)

USP: médicos e enfermeiros não puderam participar desta etapa do programa de demissão voluntária (Cecília Bastos /Jornal da USP/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2016 às 18h54.

São Paulo - A Universidade de São Paulo (USP) divulgou, neste sábado, 24, a lista de servidores classificados a participar do Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV). No total, 397 servidores sairão de seus cargos pelo programa. A USP informou ainda que será formada uma lista de espera composta por 1.058 servidores que não tiveram seus requerimentos de adesão deferidos.

Nesta etapa, médicos, enfermeiros, e profissionais de enfermagem não puderam participar. As informações foram publicadas no Diário Oficial do Estado deste sábado.

O Conselho Universitário USP aprovou, em julho, um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) e o Programa de Redução de Jornada para conter a crise financeira da instituição. O gasto com o plano será limitado a R$ 118,3 milhões - valor remanescente do primeiro programa, aprovado em 2014 que teve adesão de 1.433 servidores e no qual foram gastos R$ 281 milhões.

Para fechar as contas, a USP vem usando reservas bancárias desde junho de 2012 e viu o saldo de sua poupança despencar de R$ 3,61 bilhões para R$ 1,3 bilhão, no fim do ano passado. A previsão no plano orçamentário plurianual previa que os cofres praticamente zerariam até 2018.

No entanto, o reitor Marco Antonio Zago se disse otimista com as medidas aprovadas na última terça-feira, 20, para ajudar a instituição a equilibrar suas contas até 2018 e preservar as reservas financeiras da USP.

Segundo Zago, a universidade enfrenta uma segunda fase de crise. Ele afirmou que a crise se agravou em razão do menor repasse do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - principal fonte de recurso das universidades paulistas - pelo Estado, que teve a maior queda de arrecadação dos últimos 13 anos no primeiro quadrimestre de 2016. A universidade já estima encerrar 2016 com um déficit de R$ 868 milhões, 60% a mais do que o previsto inicialmente.

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