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"Uso da força vai gerar resistência", diz associação de caminhoneiros

Para o líder da entidade que não concordou com o acordo firmado ontem, 24, o uso da força citado por Temer vai tornar ainda mais difícil fim da paralisação

Protestos: para representante da Abicam, se forças de segurança tentarem retirar caminhoneiros a força, "haverá gente presa, machucada e muita confusão" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Protestos: para representante da Abicam, se forças de segurança tentarem retirar caminhoneiros a força, "haverá gente presa, machucada e muita confusão" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2018 às 16h19.

Brasília - O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, classificou como tardio o pronunciamento do presidente Michel Temer para tentar solucionar a crise de abastecimento gerada pela paralisação dos motoristas.

Para o líder da entidade que não concordou com o acordo firmado na quinta-feira, 24, o uso da força citado por Temer vai tornar ainda mais difícil o fim da paralisação.

"O uso da força vai tornar ainda mais difícil acabar com a mobilização porque essa estratégia vai gerar resistência", disse o presidente da entidade ao Broadcast. serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Para Fonseca, se forças de segurança tentarem retirar caminhoneiros a força, "haverá gente presa, machucada e muita confusão".

"Essa foi uma reação tardia e acontece cinco dias após o início do movimento. A situação não precisaria do uso da força para ser resolvida", disse.

Fonseca rejeita a afirmação de Temer que apenas uma "minoria radical" segue na estradas. "O número de manifestantes mostra que não somos minoria. Ao contrário, somos a maioria do movimento e que não está de satisfeito com o acordo feito ontem", disse o dirigente.

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