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Usa quem quiser, diz Cunha sobre passagem para cônjuges

Cunha reagiu à repercussão negativa sobre decisão de liberar pagamento de passagens para cônjuges dos parlamentares, dizendo que "só usa quem quiser"

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha: Cunha disse que os deputados não são obrigados a usar o benefício (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Fotos Públicas)

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha: Cunha disse que os deputados não são obrigados a usar o benefício (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 18h32.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu à repercussão negativa sobre a decisão da Mesa Diretora da Casa de liberar o pagamento de passagens aéreas para cônjuges dos parlamentares.

Diante da ameaça do PSDB de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar o benefício, Cunha disse que os deputados não são obrigados a usá-lo e que "só usa quem quiser".

"Veja bem, é só não usar. Não tem dificuldade nenhuma. Acho ótimo, quanto menos usar, menos a despesa. Eles poderiam também usar e diminuir a cota. Aí consequentemente facilitaria a economia", rebateu o peemedebista.

O PSDB informou que a terceira secretária da Mesa, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), votou contra a medida. Cunha contou que a deputada questionou a proposta, mas acabou concordando na hora da votação.

"A mesa aprovou com a participação do PSDB. Um dos deputados que mais me pediram é do próprio PSDB, que vem do Maranhão e que precisa", relatou.

O presidente considerou "normal" a repercussão negativa e disse que a Mesa poderá rever a medida quando quiser. Ele lembrou que o benefício era liberado até 2009 e que o PSDB "usava muito" a cota. "Por que se até 2009 não questionaram e estão questionando agora? Então deveriam ter questionado naquele momento", pontuou.

Ele ressaltou que o pagamento de passagens aéreas para cônjuges não é um benefício extra, que muitos deputados precisam desta cota e que anteriormente seu uso não era tão restrito como é hoje. No passado, os parlamentares faziam uso livre da cota e o saldo acumulado poderia ser utilizado para lazer.

"Cada um faz o uso do mandato da forma que entender melhor", disse o peemedebista, enfatizando que ele mesmo não pretende usar as passagens.

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