Brasil

Urbanização desigual atinge mais de 80% da população

Apenas 49 municípios concentram mais de metade das pessoas que vivem nas cidades

Avenida Paulista, em São Paulo: capital paulista continua como maior cidade do país (Jurema Oliveira/Wikimedia Commons)

Avenida Paulista, em São Paulo: capital paulista continua como maior cidade do país (Jurema Oliveira/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2010 às 13h01.

Rio de Janeiro - O processo de urbanização no Brasil alcança mais de 80% da população, mas seu crescimento se dá de forma desigual, abrangendo poucas cidades que concentram grande contingente de brasileiros e de riqueza. Por outro lado, multiplicam-se os pequenos centros urbanos que abrigam uma força de trabalho pouco qualificada e fortemente vinculada às atividades primárias.

Essa é uma das constatações apontadas na nova edição do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, lançada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação, composta por 548 mapas, 76 gráficos, oito tabelas, seis fotos e 14 imagens de satélite, atualiza informações geográficas sobre o território brasileiro na última década.

De acordo com o documento, as aglomerações urbanas e as 49 cidades com mais de 350 mil habitantes abrigam metade das pessoas em situação urbana no país e respondem por aproximadamente 65% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de toda a riqueza gerada. Por outro lado, 4.295 municípios com menos de 25 mil habitantes respondem por apenas 12,8% do PIB.

O Atlas também destaca que 12 centros reforçam sua atuação na evolução da rede urbana brasileira e se mantêm como líderes do processo entre 1966 e 2007. No topo, aparecem São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, seguidos por Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Goiânia.

A coordenadora do projeto do IBGE, a geógrafa Adma Hamam de Figueiredo, ressalta que embora as médias cidades tenham crescido na última década num ritmo mais acelerado, as capitais, lideradas por São Paulo e o Rio, continuam sendo polos preferenciais de convergência das mais modernas redes, em especial as de transporte, energia e telefonia, além de informações.

“Elas têm grande concentração populacional e amplas áreas de influência, drenando a produção de suas regiões e apresentando fortes relacionamentos entre si”, destaca Adma.

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