Brasil

Universidades e escolas particulares de SP aderem à greve contra cortes

Manifestações são contrárias ao bloqueio de recursos feito pelo MEC, que afeta do ensino infantil aos cursos de pós-graduação

Manifestação: protestos em defesa da educação em todo o país estão marcados para esta quarta-feira, 15 (Sergio Moraes/Reuters)

Manifestação: protestos em defesa da educação em todo o país estão marcados para esta quarta-feira, 15 (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2019 às 09h05.

São Paulo — Os reitores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) divulgaram nota em que criticam os cortes de verba das universidades federais e convocam a comunidade acadêmica a "debater problemas da educação e ciência" nesta quarta-feira, 15, quando estão previstos protestos em defesa da educação em todo o país.

Organizadas por entidades estudantis e de docentes, as manifestações são contrárias ao bloqueio de recursos feito pelo Ministério da Educação, que afeta do ensino infantil aos cursos de pós-graduação.

Em nota, o Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) diz que "conclama a comunidade acadêmica" para o debate, diz que os cortes de verba na área são um "equívoco estratégico" e têm consequências para o desenvolvimento do País.

Embora os cortes anunciados pelo governo Jair Bolsonaro atinjam de forma mais imediata as universidades federais, as estaduais também são afetadas, uma vez que recebem verbas de financiamento de agências de fomento ligadas ao governo federal.

Particulares

Escolas privadas de São Paulo também aderiram à manifestação e vão paralisar as atividades. Os Colégios Equipe, Gracinha, Waldorf Micael, Recreio e Politeia comunicaram os pais sobre a adesão ao protesto. No Colégio Oswald de Andrade, os alunos enviaram uma carta à direção e aos pais, informando que vão à manifestação. O colégio cancelou passeios e excursões que estavam marcados para esta quarta.

Além do contingenciamento na educação, eles também são contrários a políticas que são defendidas pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), como o projeto de lei Escola sem Partido e mudanças nas diretrizes de ensino, citando por exemplo alterações no teor das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) diz que está aberto ao diálogo com todas as instituições de educação para "buscar caminhos para o fortalecimento do ensino no País". Diz ainda que os bloqueios de verba são "preventivos".

Acompanhe tudo sobre:Educação no BrasilEscolasFaculdades e universidadesGrevesMEC – Ministério da EducaçãoProtestos no Brasilsao-paulo

Mais de Brasil

Maduro afirma que Edmundo González 'pediu clemência' para deixar a Venezuela

Volta do horário de verão pode gerar economia de R$ 400 milhões, diz ministro

Voa Brasil vende 10 mil passagens em dois meses; programa disponibilizou 3 milhões de bilhetes

Dino cobra de 10 estados relatório explicando as razões por trás dos altos indíces de incêndios