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Unica rebate declaração de Dilma sobre etanol de milho

Presidente disse que o etanol de cana do País compete com o combustível feito a partir do milho nos Estados Unidos


	Cana de açúcar é descarregada em uma usina de processamento da Unica, em São José do Rio Preto
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Cana de açúcar é descarregada em uma usina de processamento da Unica, em São José do Rio Preto (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 18h19.

São Paulo - A presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Elizabeth Farina, rebateu nesta quarta-feira, 6, declaração da presidente Dilma Rousseff, que em entrevista hoje após sabatina na Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) disse que o etanol de cana do País compete com o combustível feito a partir do milho nos Estados Unidos.

"Mais de 90% do hidratado produzido no Brasil é destinado ao mercado interno. É a desoneração da gasolina, e não o etanol de milho, que afeta a competitividade do hidratado", afirmou. Para a executiva, Dilma se mostrou "desinformada" sobre a questão.

Ainda na coletiva de imprensa, Dilma disse que "aumentar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) para qualquer setor impacta no que se chama arrecadação de tributos".

Farina voltou a defender a volta do imposto sobre o combustível fóssil.

"Por que achamos que a Cide é importante? Porque há uma externalidade negativa no mercado de gasolina. Temos de tributar aquilo que gera um custo estendido", como emissões de gases que causam o efeito estufa, explicou.

A Cide, que incidia até 2012 sobre a importação e a comercialização de petróleo e derivados, gás natural e álcool etílico combustível, foi zerada pelo governo federal como forma de compensar o reajuste nos preços da gasolina e do diesel e evitar que a alta fosse sentida pelo consumidor.

A Cide zerada, contudo, é uma das principais críticas do setor sucroalcooleiro, que alega que isso tira a competitividade do etanol.

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