Multidão no Centro de São Paulo: (Germano Lüders/Site Exame)
Talita Abrantes
Publicado em 25 de novembro de 2016 às 10h00.
Última atualização em 25 de novembro de 2016 às 10h00.
São Paulo – A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) 2015, divulgada nesta sexta-feira (25) pelo IBGE, traz o primeiro retrato dos efeitos da crise econômica (e política) para a vida dos brasileiros. Resultado: 2015 foi o ano em que o brasileiro ficou mais pobre e desempregado.
Pela primeira vez em 11 anos, os rendimentos reais caíram no Brasil passando de R$ 1.950, em 2014, para R$ 1.853, em 2015. A crise também tirou 3,8 milhões de pessoas do mercado de trabalho – causando uma queda de 3,9% no número de pessoas ocupadas no país, a primeira desde 2004.
E isso se reflete até mesmo na tendência da desigualdade de renda no país: o abismo entre ricos e pobres retrocedeu no ano passado, segundo a PNAD, mas a renda também - principalmente entre quem estava no topo da pirâmide.
Uma boa notícia: o trabalho infantil recuou em 2015. Mesmo assim, 2,7 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos ainda trabalham no Brasil.
A taxa de analfabetismo entre as pessoas de 15 anos ou mais também seguiu em queda: 8% dos brasileiros não sabem ler nem escrever. A região Nordeste é a região que responde pelo maior número proporcional de analfabetos (16,2%, no total). Mas é também onde houve a maior queda na taxa na última década.
Com uma população estimada de 204,9 milhões de pessoas, o Brasil tem mais mulheres do que homens. Mas essa proporção não é constante em todas as faixas etárias. Até os 25 anos, homens são maioria na população brasileira. Depois disso, mulheres passam a dominar todas as faixas etárias. Em 2015, as mulheres representavam 55% do total de pessoas com mais de 60 anos no Brasil.