Brasil

Um dia após "Lista de Fachin", Congresso fica esvaziado

Entre os inquéritos abertos pelo relator da Lava Jato no Supremo, estão 24 senadores e 42 deputados, incluindo os presidentes do Senado e da Câmara

Congresso: as atividades previstas para hoje nas comissões foram esvaziadas ou canceladas devido à falta de quórum (Ueslei Marcelino/Reuters)

Congresso: as atividades previstas para hoje nas comissões foram esvaziadas ou canceladas devido à falta de quórum (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de abril de 2017 às 18h18.

Última atualização em 12 de abril de 2017 às 18h42.

A divulgação da relação de políticos e autoridades que serão investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato provocou reações de parlamentares e afetou o funcionamento do Congresso Nacional nesta quarta-feira (12).

Entre os inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, estão 24 senadores e 42 deputados, incluindo os presidentes do Senado e da Câmara.

As atividades previstas para hoje nas comissões foram esvaziadas ou canceladas devido à falta de quórum. Entre elas estava a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado que tinha na pauta a apreciação do relatório do senador Randolfe Rodrigues (Rede- AP) sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 10/2013) que trata da extinção do foro privilegiado para julgamento de autoridades que cometeram crimes comuns.

O presidente da comissão, Edison Lobão (PMDB-MA), negou que o cancelamento tenha relação com a divulgação da lista do ministro Fachin e atribuiu a falta dos parlamentares à véspera do feriado da Páscoa.

Pouco antes, a sessão do plenário havia sido cancelada pelo presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE). Na Câmara, a maior movimentação pela manhã ocorreu em torno da reunião da comissão especial da Reforma Trabalhista, onde ocorreu a leitura do parecer do relator sobre a proposta.

A liderança do PSOL na Câmara defendeu hoje que os parlamentares investigados e que mantêm posição de comando no Congresso devem ser afastados de seus cargos.

Entre os citados, a maioria se manifestou por meio de nota à imprensa ou nas redes sociais. Confira o posicionamento dos deputados e senadores citados a respeito das denúncias.

Acompanhe tudo sobre:CongressoDelação premiadaEdson FachinNovonor (ex-Odebrecht)Operação Lava Jato

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso