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UFRJ diz que não muda sistema de vestibular até 2014

Desde 2011, todas as vagas são distribuídas com base nas notas do Enem

Um relatório baseado no vestibular de 2010 indica que mais de 80% dos aprovados por conta do Enem haviam cursado o Ensino Médio em escolas particulares (Wikimedia Commons)

Um relatório baseado no vestibular de 2010 indica que mais de 80% dos aprovados por conta do Enem haviam cursado o Ensino Médio em escolas particulares (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 23h47.

Rio de Janeiro - Embora criticado por alguns professores, o atual sistema de ingresso nos cursos de graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) não deve mudar pelo menos até 2014. Desde 2011, todas as vagas são distribuídas com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Um relatório baseado no vestibular de 2010, quando 60% das vagas eram distribuídas segundo esse critério, indica que mais de 80% dos aprovados por conta do Enem haviam cursado o Ensino Médio em escolas particulares. Esse dado é usado pelos críticos para justificar mudanças, porque, segundo eles, o novo sistema não estaria permitindo aos estudantes de baixa renda o acesso à universidade.

No entanto, uma reunião do Conselho Universitário (Consuni) promovida no dia 26 de abril manteve o sistema até 2014. No início de 2013 está programada uma reunião do órgão para avaliar o método e propor eventuais alterações. "O vestibular de 2010 foi o mais confuso da UFRJ, porque misturou o concurso próprio com as notas do Enem. Agora é preciso manter por algum tempo esse sistema que usa só o Enem, para testá-lo direito. Mudar em cima da hora só gera insegurança ao aluno. Por isso, acredito que manter o método até 2014 foi a melhor decisão", afirmou Ângela Rocha, pró-reitora de Graduação da UFRJ.

"Com a adoção do Enem para todas as vagas, um sistema que a UFRJ vinha aprimorando desde 1985 foi descartado. Mas o novo método é recente, ainda não dá para avaliar direito. Por isso, não acredito que possa haver alguma mudança antes de 2015", afirmou Marcelo Paixão, professor e integrante do Consuni da UFRJ.

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