Brasil

Uber e aplicativos superam número de taxistas em SP, diz Doria

Quatro aplicativos estão cadastrados para operar na capital paulista hoje: Cabify, 99POP, Uber e EasyGo.

Transporte: Uber faz viagens a R$ 4,63 e Cabify dá 25% de desconto hoje (LDProd/Thinkstock)

Transporte: Uber faz viagens a R$ 4,63 e Cabify dá 25% de desconto hoje (LDProd/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de fevereiro de 2017 às 22h21.

São Paulo - O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) disse neste sábado, 4, que 50 mil carros da Uber e dos outros três aplicativos operam atualmente na capital paulista. O número já supera o de taxistas, que hoje são aproximadamente 38 mil.

A revelação foi feita pelo secretário municipal de Transporte, Sérgio Avelleda, a pedido do prefeito, que deu entrevista ao vivo na Rádio CBN pela manhã. Doria estava vestido de gari durante a entrevista, após ter feito uma visita à região de São Mateus, na zona leste.

O dado é inédito. O total de veículos dos aplicativos de transporte era mantido sob sigilo na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Quatro aplicativos estão cadastrados para operar na capital paulista hoje: Cabify, 99POP, Uber e EasyGo.

Até o ano passado,a única informação disponível sobre o tamanho da empresa norte-americana Uber na cidade era de que havia 50 mil motoristas parceiros em todo o País, conforme o Estado informou em outubro.

Na entrevista, Doria anunciou ainda que vai reduzir taxas cobradas hoje dos taxistas. Segundo o prefeito, os valores são "injustos e pesados demais", principalmente em meio ao contexto de desemprego e alta inflação. O tucano não deu detalhes sobre quais taxas poderiam ser cortadas ou quando.

"Nosso secretário foi instruído para estabelecer programa de equidade e para permitir o trabalho", afirmou o tucano.

Criminalidade

Nesta quarta-feira, 1º, uma mulher de 31 anos foi vítima de sequestro relâmpago feito com um carro de luxo do aplicativo Uber. O caso ocorreu na Vila Olímpia, zona sul da capital, por volta das 17h30.

Em pouco mais de três horas de sequestro, a vítima foi agredida e ameaçada de morte por três homens armados com pistolas. De R$ 3,4 mil que ela teve roubados, após passar por agências bancárias e shoppings, R$ 2,6 mil foram gastos para comprar dois tênis de marca a pedido dos ladrões.

Após relatos de roubo e sequestro em carros do Uber, passageiros estão deixando de usar o aplicativo ou adotando estratégias de segurança por receio de serem vítimas de violência. Alguns dizem dar preferência para outros aplicativos que utilizam taxistas nas viagens.

'Livres'

A Uber informou que, para o cadastro dos motoristas, é preciso apresentar carteira de habilitação com registro de EAR (exerce atividade remunerada) e, então, passar por "checagem de segurança".

A empresa não informou quais são os procedimentos de segurança. Segundo a assessoria de imprensa da plataforma, os motoristas parceiros são "autônomos e livres para exercer suas atividades como melhor lhes convier".

A companhia disse também que a avaliação dos usuários ao fim das viagens serve para "balizar a qualidade do serviço". Desde janeiro, o Uber passou a cobrar taxa extra de R$ 0,75 em cada viagem em todo o País, para apoiar ações de segurança a motoristas e usuários.

Acompanhe tudo sobre:João Doria JúniorMobilidadeSão Paulo capitalUber

Mais de Brasil

Justiça suspende ofício do INSS que autorizou, em 2023, 30 mil descontos de uma só vez

STF tem maioria para condenar deputada Carla Zambelli a 10 anos de prisão

Eduardo Leite se filia ao PSD e diz que não pretende ‘disputar prévias’ contra Ratinho Júnior

Anac autoriza Infraero a aumentar em até 36% tarifas do aeroporto Santos Dumont