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TV entra em cena e expõe disputa Alckmin vs. Bolsonaro

Começa hoje a temporada de propagandas eleitorais no rádio e na TV; grande pergunta em aberto é a capacidade do horário eleitoral de influenciar votos

BOLSONARO: candidato é líder nas redes sociais, com mais de 9 milhões de seguidores | Christopher Goodney/Getty Images /

BOLSONARO: candidato é líder nas redes sociais, com mais de 9 milhões de seguidores | Christopher Goodney/Getty Images /

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2018 às 07h06.

Última atualização em 31 de agosto de 2018 às 07h37.

A 37 dias das eleições, começa nesta sexta-feira a temporada de propagandas eleitorais no rádio e na televisão. Serão 35 dias de propaganda, 10 a menos do que nas campanhas anteriores. Os programas dos presidenciáveis começam no sábado, e vão ao ar às terças, quintas e sábados.

A grande pergunta em aberto é a capacidade do tradicional horário eleitoral de influenciar os votos dos brasileiros num momento em que as redes sociais têm cada vez mais destaque nas estratégias dos candidatos. Com mais de 5 dos 12 minutos e 30 segundos da propaganda total, o grande beneficiado tende a ser o tucano Geraldo Alckmin, estancado em 5% das intenções de voto. Sua estratégia, como ficou claro ontem, deve ser a de ir para cima do líder nas pesquisas que excluem o ex-presidente Lula, Jair Bolsonaro (PSL).

Alckmin divulgou uma peça crítica à postura de Bolsonaro de tentar resolver os problemas do país “na bala”. Bolsonaro respondeu. “Armas não geram violência e flores não garantem a paz. Ele que deixe de andar com carro blindado e segurança que eu acredito na proposta dele”, afirmou num evento em Porto Alegre.

Sua grande dificuldade, daqui para frente, vai ser espaço para responder às críticas de seus adversários. Bolsonaro terá 8 segundos de televisão e 11 inserções de 30 segundos, o que o obrigará a convidar os eleitores a acompanhar suas propostas na internet. Marina Silva (Rede), com 21 segundos e 29 inserções, deve adotar estratégia parecida. Alckmin terá 5 minutos e 32 segundos e 434 inserções.

A campanha deste ano pode ser um marco na capacidade da internet de arrebanhar votos. Segundo levantamento divulgado ontem pelo Instituto Mapa, Bolsonaro é o candidato com mais seguidores nas redes sociais, com 9,5 milhões, ante 4,6 milhões de Lula, 4,3 milhoes de Marina Silva, 2,5 milhões de João Amoêdo (Novo) e 2 milhões de Alckmin. Amoêdo, que terá apenas 5 segundos na televisão, é quem mais cresce nas redes, com 309% de aumento no número de seguidores entre janeiro e agosto.

Outra questão em aberto no horário eleitoral pode ser respondida nesta sexta-feira, quando o Tribunal Superior Eleitoral decide se o ex-presidente Lula, preso por corrupção, pode aparecer na propagando do PT. O tribunal marcou uma sessão extra para esta sexta-feira e, segundo o portal G1, pode inclusive aproveitar a pauta para analisar o próprio registro de candidatura de Lula. O pedido para impedir Lula de participar da propaganda eleitoral foi feito pela Procuradoria Geral da República.

O PT terá 2 minutos e 23 segundos diários e 189 inserções até o dia 4 de outubro. O impacto deve ser um com Lula e outro com seu vice, Fernando Haddad. É mais uma dúvida na mesa nesta campanha cheia de incertezas.

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