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Turistas reclamam de desorganização no Corcovado

Queixas vão desde falta de infraestrutura e de informação, despreparo de agentes e funcionários e, principalmente, do tempo de espera


	Vista aérea do Corcovado, no Rio de Janeiro: atração é uma das principais da cidade
 (Wikimedia Commons/ Klaus)

Vista aérea do Corcovado, no Rio de Janeiro: atração é uma das principais da cidade (Wikimedia Commons/ Klaus)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 19h12.

Rio - Os turistas que chegam ao Rio têm sofrido para visitar o Corcovado, uma das principais atrações da cidade. As queixas vão desde falta de infraestrutura e de informação, despreparo de agentes e funcionários e, principalmente, do tempo de espera que ontem ultrapassava duas horas sob o sol de 34º C.

No Complexo das Paineiras, um letreiro luminoso informava que o tempo de espera seria de uma hora. Na alta temporada, o ponto turístico recebe mais de 10 mil visitantes por dia que tentavam se proteger sob guarda-chuvas temáticos.

Na segunda-feira, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) assinou um termo de compromisso com a empresa Trem do Corcovado para tentar melhorar o atendimento ao turista. Entre os itens do acordo estão a instalação de kits de emergência nos vagões e a obrigação de que um mecânico acompanhe as viagens para solucionar problemas técnicos como o de sexta-feira quando 120 turistas ficaram mais de 40 minutos presos no trem.

A Trem do Corcovado também terá que aumentar a venda antecipada de ingressos pela internet e oferecer água e assistência aos passageiros durante a espera. Procurado, o dono da empresa, Sávio Neves, não foi encontrado e nenhum representante foi autorizado a conversar com a reportagem.

Cláudio Magnavita, subsecretário de estado de turismo, afirmou que filas são comuns nessa época do ano, mas as medidas ajudarão a minimizar o desconforto dos turistas. "Trabalharemos em esquema de emergência enquanto os novos trens não chegam. Durante a Copa e as Olimpíadas (de 2016) teremos os mesmos problemas que são causados pela morosidade na renovação da frota". Ele afirmou que existe um pedido no governo federal para compra de novos trens que não foi liberado.


Quem optou pelas vans credenciadas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio)precisou ser paciente. No Complexo das Paineiras, onde é feito o embarque e desembarque dos turistas que visitam o Cristo Redentor, a fila de espera se perdia de vista. A paulista Vanda Lúcia Jorge estava com outros cinco adultos e o neto de um ano e dois meses.

Depois de duas horas na fila, ela ainda teria que esperar pelo menos meia hora para embarcar na van do Corcovado. "Pelo preço que pagamos (cerca de R$50 pelo passeio completo) deveria ser mais organizado. Não temos nada para nos proteger do sol".

Vinculado ao ICMBio, o Parque Nacional da Tijuca informou, por meio da assessoria, que possui projeto para construção de um centro de visitação no Complexo das Paineiras. No primeiro semestre deste ano será lançada uma licitação para contratar nova concessionária para gerir os trens. O edital inclui reforma completa das estações, troca dos trens e cuidados ambientais para preservar o espaço.

O carioca Wladimir Lyra e um casal de amigos da Califórnia aproveitaram o último dia do passeio para conhecer o Cristo Redentor. "Amamos a cidade, mas falta organização. Me preocupa o Rio estar despreparado para receber a Copa, as Olimpíadas e a quantidade de pessoas que vão a esses eventos", afirmou a californiana Melissa Rice, pela primeira vez no Brasil.

Em nota, a Secretaria Municipal de Turismo informou que a Estrada das Paineiras será fechada para o tráfego de veículos e funcionará apenas como área de lazer até 9 de março. No entanto, ontem havia carros estacionados na estrada dificultando a passagem de veículos.

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