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Turbinado pelo Datafolha, Haddad deve ser oficializado hoje pelo PT

O martelo foi batido nesta segunda-feira, em reunião do ex-prefeito de SP com Lula, na sede da Polícia Federal, em Curitiba

Haddad: ex-prefeito mostra crescimento de 4% para 9% das intenções de voto (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Haddad: ex-prefeito mostra crescimento de 4% para 9% das intenções de voto (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2018 às 06h07.

Última atualização em 11 de setembro de 2018 às 10h48.

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, deve se tornar o candidato à presidência pelo PT nesta terça-feira, prazo final para a indicação do substituto de Luiz Inácio Lula da Silva, vetado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Manuela d’Ávila, do PCdoB, será a candidata a vice.

O martelo foi batido nesta segunda-feira, em reunião de Haddad e Lula na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente está preso por corrupção passiva. Os detalhes finais de como será anunciada, e de como será divulgada, a substituição devem ser fechados apenas nesta terça-feira, quando a cúpula do partido se reúne na capital paranaense.

 

Tudo pode acontecer, inclusive nada. O partido estica a corda enquanto espera a definição de um último recurso, enviado ontem ao Supremo Tribunal Federal. Os advogados do ex-presidente entraram com um pedido urgente no STF para que o prazo dado ao PT para substitui-lo como candidato do partido à Presidência da República fosse prorrogado para o dia 17, último dia previsto na legislação eleitoral. O pedido foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no sábado passado.

Ainda não se sabe quando o STF analisará o pedido. Ontem, o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas voltou a afirmar que o Brasil deve garantir ao ex-presidente o direito de disputar as eleições de 2018. O órgão reiterou sua decisão de agosto, e destacou que o Estado brasileiro tem obrigação de cumprir sua determinação.

Dentro do partido, há quem trabalhe até para trocar o nome de Haddad. Segundo o G1, Gleisi Hoffmann, ainda não engoliu a escolha do ex-prefeito de São Paulo, e é quem mais tem feito força para que o PT insista nas batalhas judiciais. Ela e seus aliados rejeitam Haddad por compará-lo com a ex-presidente Dilma Rousseff, considerada uma escolha errada de Lula para candidatura à Presidência. Para esta ala, o melhor nome para assumir a candidatura era de Jacques Wagner, ex-ministro da Casa Civil.

Uma reportagem do jornal Folha de São Paulo mostrou que Haddad é lembrado por muitos como o prefeito que priorizou a região central da capital paulista, e deixou de lado projetos mais periféricos. Além da população, o Ministério Público de São Paulo tem se mostrado contrário ao candidato. Na semana passada, Haddad foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo o MP-SP, ele teria recebido 2,6 milhões de reais da empreiteira UTC Engenharia para pagar uma dívida contraída durante a campanha à prefeitura, em 2012. Além de corrupção, ele também é acusado pelo Ministério por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.

Haddad ganhou fôlego ontem, com a divulgação da nova pesquisa Datafolha mostrando crescimento de 4% para 9% em suas intenções de voto. Com o avanço, Haddad embolou a disputa pelo segundo lugar na disputa. Haddad também mostrou força na disputa com Jair Bolsonaro no segundo turno: 39% para o petista, e 38% para o adversário.

Nesta terça-feira sai nova pesquisa, do Ibope. Novos números favoráveis devem afastar as dúvidas internas ao nome de Haddad.

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