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"Tudo é negociável" na reforma previdenciária dos militares, afirma Mourão

O vice-presidente destacou, porém, a importância da integralidade e da paridade, afirmando que a categoria é mal remunerada e tem poucos benefícios

O vice-presidente, general Hamilton Mourão (Valter Campanato/Agência Brasil)

O vice-presidente, general Hamilton Mourão (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 09h36.

São Paulo - O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que "tudo é negociável" nas discussões sobre o novo regime previdenciário das Forças Armadas. Ele, destacou, porém, a importância da integralidade e da paridade, afirmando que a categoria, além de ser mal remunerada se comparada a outras carreiras de Estado, também sofre com o "trauma" de uma medida provisória de 2001 (MP 2215/2001) que eliminou benefícios sem uma regra de transição.

"O pessoal mais novo, que está ativa hoje, olha (e pensa) 'será que vamos perder tudo de novo'"?, disse o vice-presidente em entrevista à GloboNews na noite desta quarta-feira, 27.

Ainda de acordo com Mourão, o projeto dos militares vai mexer em cinco leis, como as que estabelecem as promoções de oficiais e praças. "Os militares vão aumentar o tempo de serviço na ativa, haverá um pagamento das pensionistas, dos cadetes, dos soldados que são engajados e não pagam, e vai haver aumento progressivo da alíquota que é descontada hoje para pensão dos militares", acrescentou.

Sobre a reforma geral da Previdência, Mourão afirmou que o governo federal precisa realizar esforços de comunicação para convencer tanto o Legislativo quanto a sociedade da necessidade do projeto. Perguntado se, em prol da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro deveria fazer nova declaração pública de que não pretende disputar uma reeleição, Mourão respondeu: "Vamos ver como ele vai reagir".

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