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Tudo atrasa mas funciona, diz Aldo sobre obras da Copa

Ministro disse que os trabalhos nos estádios estão dentro do cronograma e não demonstrou preocupação com as obras de infraestrutura, como mobilidade urbana e hotelaria

Aldo: "Nós também temos nossos problemas civilizatórios, e um deles é o atraso. A gente atrasa até para sair de casa... Isso é uma coisa da nossa cultura" (Elza Fiúza/ABr)

Aldo: "Nós também temos nossos problemas civilizatórios, e um deles é o atraso. A gente atrasa até para sair de casa... Isso é uma coisa da nossa cultura" (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 11h21.

Brasília - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, reconheceu nesta quinta-feira que alguns projetos para a Copa do Mundo de 2014 podem sofrer atrasos, mas disse que eles não deverão comprometer a realização do Mundial no Brasil.

Aldo disse que os trabalhos nos estádios estão dentro do cronograma e não demonstrou preocupação com as obras de infraestrutura, como mobilidade urbana e hotelaria, alvo frequente de reclamações da Fifa.

"Nós também temos nossos problemas civilizatórios, e um deles é o atraso. A gente atrasa até para sair de casa... Isso é uma coisa da nossa cultura, mas tudo funciona. Até reunião ministerial também atrasa no Brasil", disse Aldo em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, transmitido pela NBR, emissora do governo federal.

"Nós entregaremos as obras essenciais, as obras dos estádios, as de mobilidade urbana e um ou outro atraso não vai comprometer a Copa", afirmou.

"Se dissermos que não vamos ter problema nenhum, nós estaremos faltando com a verdade. Um pequeno problema ou outro teremos", disse.

Diante do atraso em diversos projetos para a realização do torneio no país, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou que o país precisava de um "chute no traseiro" para levar adiante as obras e fazer o Mundial acontecer.

A declaração gerou forte reação do Brasil, que anunciou veto à intermediação do dirigente nas relações entre o país e a entidade.

Fifa e Valcke pediram desculpas ao Brasil e o presidente da entidade, Joseph Blatter, reuniu-se na semana passada com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, para tentar aparar as arestas.

Perguntado se mantinha seu veto a Valcke, Aldo respondeu: "Sabe que eu não tenho pensado nesse assunto."

O atrito gerou o cancelamento de visita que Valcke faria ao Brasil para inspecionar obras da Copa. Ainda não foi divulgada uma nova data para a viagem, e nem se Valcke estaria entre os integrantes da comitiva da Fifa.

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