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Tucano critica demora na instalação da CPI da Petrobras

Ontem, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu que os líderes partidários indiquem os nomes para a CPMI


	Alvaro Dias: "Um mês e oito dias de encenação, de protelatório"
 (Moreira Mariz/Agência Senado)

Alvaro Dias: "Um mês e oito dias de encenação, de protelatório" (Moreira Mariz/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 17h28.

Brasília - O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) reclamou na tarde desta quinta-feira da demora no processo de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras.

Ontem, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu que os líderes partidários indiquem os nomes para a CPMI, mas não sinalizou quando a comissão mista começará seus trabalhos efetivamente.

"Um mês e oito dias de encenação, de protelatório. Agora perderemos mais alguns dias até a indicação dos nomes", criticou o tucano.

Na sessão do Congresso da noite de ontem, Renan avisou que os partidos terão cinco sessões ordinárias da Câmara dos Deputados para apresentarem os nomes da CPMI, caso contrário, ele próprio fará as indicações.

Tecnicamente, os partidos têm até a próxima quarta-feira (14) para compor a comissão, que terá 32 parlamentares da Câmara e do Senado.

A base governista trabalha para que a CPI da Petrobras, exclusiva do Senado, prevaleça.

Hoje vence o prazo para que DEM e PSDB indiquem os três senadores para integrar os trabalhos, mas as siglas anunciaram que priorizarão a CPMI e por isso não apresentarão os nomes.

Em reação à CPMI da Petrobras, a base aliada conseguiu apresentar ontem o pedido de instalação da CPMI do cartel de trens de São Paulo, que já foi lido na sessão do Congresso.

O requerimento foi entregue com as assinaturas de 197 deputados e 32 senadores.

"A maioria (governista) não deseja CPI alguma. A proposta de CPI do Metrô é uma falácia. Se fosse para valer, não seria apenas sobre o Metrô de São Paulo", afirmou Dias.

O senador disse que a oposição está consciente de que a base governista trabalha com o calendário mais curto em razão da Copa do Mundo, do recesso parlamentar e da campanha eleitoral.

"Estão jogando exatamente com esse calendário, ganhando tempo o máximo possível para inviabilizar qualquer investigação eficiente", concluiu o tucano.

Os aliados argumentam que conduzir qualquer comissão parlamentar em ano eleitoral é inviável, que a partir de junho será difícil garantir o quórum no Congresso e que o objetivo da oposição é criar "palco" para discurso político.

"Em ano eleitoral, há um debate político e haverá embate político. Não tenho a menor dúvida de que (a comissão) será politizada", afirmou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O partido, maior em número de senadores, deve indicar cinco nomes para a CPMI da Petrobras. Há a possibilidade da sigla ficar com a relatoria da comissão mista.

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