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TSE vai investigar ataques à urna eletrônica

Investigação deve girar em torno das falas do presidente sobre a urna eletrônica e as eleições de 2022; TSE também pede que STF apure caso no inquérito das Fake news

Presidente Jair Bolsonaro. (Alan Santos/PR/Flickr)

Presidente Jair Bolsonaro. (Alan Santos/PR/Flickr)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 2 de agosto de 2021 às 20h51.

Última atualização em 2 de agosto de 2021 às 21h13.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou duas medidas contra o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira. Abriu um inquérito administrativo para apurar os ataques sem provas que ele vem fazendo ao sistema eletrônico de votação, e pediu que ele seja investigado também em um inquérito já aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Na avaliação do TSE, na "live" realizada na última quinta-feira em que prometeu apresentar provas de fraudes nas eleições, mas não fez, Bolsonaro teve "possível conduta criminosa". O presidente também vem ameaçando a realização das eleições caso o voto impresso não seja implementado.

No STF, a investigação ocorrerá no âmbito no inquérito das "fake news", conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no STF. Moraes também é integrante do TSE e foi quem fez a sugestão de pedir a investigação no STF na sessão desta segunda-feira, a primeira do semestre após o recesso de julho.

O inquérito administrativo foi aberto por sugestão do corregedor do TSE, o ministro Luis Felipe Salomão. Em junho, ele já havia determinado que Bolsonaro explicasse as acusações que fez contra as urnas eletrônicas. O prazo para resposta vence nesta segunda-feira, mas, até agora, Bolsonaro não se manifestou.

Procurada, a Advocacia-Geral da União (AGU) não respondeu de imediato a um pedido de comentário. O Palácio do Planalto também não respondeu de imediato.

Em baixa nas pesquisas de intenção de voto e com a popularidade chamuscada por críticas ao enfrentamento da pandemia, Bolsonaro tem elevado a pressão sobre a adoção do voto impresso das urnas e já chegou a afirmar que poderia não aceitar o resultado das eleições no próximo ano pelo atual sistema.

Apesar das falas do presidente, o atual sistema de votação é auditável e foi por meio dele em que ele próprio se elegeu para deputado federal várias vezes e presidente em 2018.

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