Brasil

TSE retoma nesta terça-feira julgamento que pode cassar mandato de Sergio Moro

Senador é acusado por PL e Federação Brasil da Esperança de abuso de poder econômico nas eleições de 2022 mesmo após absolvição do TRE-PR

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 21 de maio de 2024 às 07h29.

Última atualização em 21 de maio de 2024 às 17h30.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá retomar nesta terça-feira, 21, o julgamento do recurso que pede a cassação do mandato de Sergio Moro (União-PR). A sessão está marcada para às 19h e pode terminar ainda hoje.

A Corte Eleitoral seguirá analisando os recursos apresentados pela Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PC do B) e pelo PL, que acusam o senador de abuso de poder econômico nas eleições de 2022, indo contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que absolveu o ex-juiz da Lava Jato dos supostos crimes.

Os recursos apresentados pelos partidos começaram a ser julgados na última quinta-feira, 16, mas a sessão foi suspensa após a leitura do parecer do relator, ministro Floriano de Azevedo Marques.

Como será a sessão

Os advogados de defesa e acusação irão apresentar as manifestações a respeito do caso e, em seguida, os ministros votam. Por questão de ordem, o primeiro a apresentar o seu parecer é o relator Floriano de Azevedo Marques. Em seguida estão André Ramos Tavares, Isabel Gallotti, Raul Araújo, Nunes Marques, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.

O julgamento deverá seguir sem nenhuma intercorrência, a menos que um dos ministros peça vista. Caso isso aconteça, a sessão será suspensa inicialmente por 30 dias. Esse mesmo pedido pode ser prorrogado por outros 30 dias, até que haja a devolução do processo.

Julgamento no TRE

Em 9 de abril o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) absolveu Sergio Moro por 5 votos a 2 em duas ações de abuso de poder econômico.

Uma das alegações é que ao lançar sua pré-campanha para a presidência da República pelo Podemos, em novembro de 2021 e posteriormente sua candidatura ao Senado pelo União Brasil, Moro teria causado um desequilíbrio eleitoral, ao se beneficiar de uma exposição prolongada e de maiores recursos.

Nesse sentido, a acusação fala que o senador teve “consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de senador” e ainda pontua que "não é um conjunto que esteja ao alcance das possibilidades do pré-candidato médio ao Senado pelo Estado do Paraná”.

Acompanhe tudo sobre:Sergio MoroTSE

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar