Brasil

TSE nega liminar que pedia anulação de convenção do PP

Dissidentes do partido queriam votação de moção que pedia a neutralidade da sigla nas eleições presidenciais


	Dilma Rousseff candidata do PT às eleições: ela recebeu apoio oficial do PP na última segunda
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff candidata do PT às eleições: ela recebeu apoio oficial do PP na última segunda (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 16h30.

Brasília - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Henrique Neves negou hoje (27) o pedido de liminar apresentado pela ala dissidente do Partido Progressista (PP) para suspender os efeitos da convenção nacional da legenda.

Na última quarta-feira (25), os dissidentes saíram inconformados da convenção depois que o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PP-PI) se recusou a colocar em votação uma moção que pedia a neutralidade da sigla nas eleições presidenciais. Em vez disso, Nogueira colocou em votação simbólica uma proposta para que a Executiva Nacional decidisse sobre o assunto.

No pedido de liminar que foi negado hoje, o grupo dissidente, liderado pela senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), alegou que “a proposta [de transferir a decisão para a Executiva Nacional] não foi votada e nem muito menos aprovada: em verdade, o ilustre presidente declarou a resolução aprovada por aclamação sem que tal aprovação tenha sido efetivada pelos convencionais".

Entretanto, o ministro Henrique Neves considerou que a anulação da convenção impediria que os candidatos do partido a outros cargos conseguissem registro eleitoral, além de não significar por si a garantia de que uma nova convenção seria realizada. O ministro do TSE também apontou em sua decisão que “a possibilidade de renovação ou não da convenção partidária para que se alcance a segurança pretendida pelos autores é questão a ser examinada pelas instâncias partidárias próprias”.

A decisão monocrática do ministro significa que os efeitos da convenção são válidos até que o plenário do TSE julgue definitivamente o pedido de anulação. Como a Executiva Nacional do PP decidiu, logo após a convenção, que o partido irá apoiar a candidatura da presidenteDilma Rousseff à reeleição, esse apoio continua valendo por enquanto.

O grupo dissidente do PP quer a neutralidade do partido para que, nos estados, os correligionários possam apoiar o candidato à presidência que considerarem conveniente. Segundo a senadora Ana Amélia, se ficar mantida a opção pela presidente Dilma, ela não terá segurança jurídica para apoiar abertamente Aécio Neves se quiser, embora o partido tenha decidido que a aliança nacional não será obrigatoriamente mantida nos estados.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2014Partidos políticosPolítica no BrasilProgressistas (antigo PP)TSE

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR