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TSE convida partidos para acompanhar apuração eleitoral no tribunal

Bolsonaro e aliados têm colocado em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas e levantado a possibilidade de fraude na eleição

Urna: TSE tem reiterado a confiabilidade do processo de votação eletrônica (José Cruz/Agência Brasil)

Urna: TSE tem reiterado a confiabilidade do processo de votação eletrônica (José Cruz/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2018 às 10h32.

Última atualização em 27 de outubro de 2018 às 10h45.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou na noite de sexta-feira que convidou todos os 35 partidos políticos registrados na corte a acompanharem a apuração dos votos do segundo turno da eleição de domingo, assim como havia feito na primeira rodada de votação realizada no dia 7 de outubro.

Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público, Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal, e Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) também foram convidados a enviar representantes.

Na sexta-feira a coligação encabeçada pelo candidato do PSL, JairBolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de domingo, pediu ao TSE para que cinco representantes da coligação tivessem acesso à sala-cofre do tribunal no dia da eleição, assim como cinco representantes da coligação encabeçada por Fernando Haddad, do PT.

Na nota em que anunciou o convite aos partidos, o TSE informou que a presidente da corte, ministra Rosa Weber, aceitou o pedido "prontamente".

"No despacho em que acolheu o pedido, (a ministra) lembrou que o próprio tribunal já havia tomado a iniciativa do convite a ambas as coligações para acompanhamento da totalização de votos e divulgação de resultados nos dois turnos das eleições", afirmou a nota do TSE.

"A ministra ressaltou ainda em sua decisão que os representantes das coligações poderão acessar quaisquer salas e espaços físicos no TSE, no dia da eleição."

Bolsonaro e aliados têm, desde o primeiro turno, colocado em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas e levantado a possibilidade de fraude na eleição. No primeiro turno da eleição, no dia 7, simpatizantes do capitão da reserva do Exército chegaram a gravar vídeos nas cabines de votação, o que é proibido por lei, apontando supostas fraudes.

O TSE tem reiterado a confiabilidade do processo de votação eletrônica e garantido reiteradamente que a eleição pode ser auditada, ao contrário do que afirmam Bolsonaro e seus aliados. A Justiça Eleitoral realizou auditorias nas urnas após o primeiro turno e afirmou que nenhuma fraude foi detectada.

"No primeiro turno, convidado pelo TSE a acompanhar os trabalhos de totalização diretamente na corte, o Partido Social Liberal (PSL), que integra a Coligação Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos, não indicou representante", informou o TSE na nota da noite de sexta.

 

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