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Trump tem imagem negativa para 43% dos brasileiros, diz pesquisa Genial/Quaest

Levantamento foi feito no final de março, antes do "Dia da Libertação", quando o presidente americano anunciou aumento de tarifas recíprocas para quase todos os países do mundo

Trump: avaliação dos brasileiros é negativa (Kevin Dietsch/AFP)

Trump: avaliação dos brasileiros é negativa (Kevin Dietsch/AFP)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 8 de abril de 2025 às 09h26.

Última atualização em 8 de abril de 2025 às 09h28.

A imagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é negativa para 43% dos brasileiros, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, 8. Cerca de 22% dos entrevistados afirmam ter uma opinião positiva sobre o republicano, enquanto 23% o avaliam de forma regular.

A rejeição é maior entre mulheres, com 47%, pessoas pretas, com 53%, e pessoas com ensino superior completo, 56%. Entre os homens, o índice negativo é de 38%, pessoas brancas, 43% e entre pardos, 40%.

O maior percentual de avaliação positiva em relação ao presidente norte-americano é entre os evangélicos, com 31%, e os homens, com 29% de aprovação.

Trump é mais bem avaliado por eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesse grupo, 44% têm opinião positiva sobre o norte-americano e 20% negativa. Já entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apenas 8% aprovam Trump, enquanto 61% o rejeitam.

O levantamento mostra que a imagem negativa em relação a Trump impactou em como o eleitor brasileiro vê os Estados Unidos. A imagem favorável caiu de 58% em 2024 para 44% em 2025, queda de 14 pontos percentuais. A avaliação desfavorável subiu de 24% para 41%, alta de 17 pontos.

Os dados mostram um empate técnico entre as parcelas da população brasileira que têm imagem negativa e positiva dos EUA.

A pesquisa também perguntou como os brasileiros esperam que o governo reaja à taxação dos Estados Unidos sobre produtos nacionais. A maioria, 53%, defende uma resposta por meio da diplomacia e do diálogo, enquanto 33% preferem um revide com taxação sobre produtos americanos.

A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 27 a 31 de março, antes do anúncio das tarifas recíprocas sobre produtos importados, que afetam o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

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