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Tropa de choque entra no presídio de Alcaçuz no RN

Antes da entrada da tropa de choque, havia detentos em cima de telhados o que indicava que as autoridades do Estado não tinham o controle do presídio

Alcaçuz: a morte de 26 presos em Alcaçuz no fim de semana foi mais um episódio da crise do sistema prisional brasileiro (Reuters)

Alcaçuz: a morte de 26 presos em Alcaçuz no fim de semana foi mais um episódio da crise do sistema prisional brasileiro (Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 15h44.

Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 17h57.

São Paulo - A tropa de choque da Polícia Militar do Rio Grande do Norte entrou nesta quarta-feira no presídio de Alcaçuz onde 26 detentos foram mortos em confronto entre membros de facções criminosas rivais, com o objetivo de realizar uma transferência de presos da penitenciária, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Mais cedo, o major Eduardo Franco, da PM potiguar, relatou à Reuters, por telefone: "estamos em operação neste exato momento".

Imagens da TV mostraram um caminhão da tropa de choque entrando no complexo do presídio e, posteriormente, policiais militares cercando os pavilhões da penitenciária.

Ônibus se posicionavam em frente ao presídio, aparentemente para fazer a transferência de detentos, mostraram imagens feitas por emissoras de TV.

Antes da entrada da tropa de choque, havia detentos em cima de telhados o que indicava que as autoridades do Estado não tinham o controle do presídio.

Mais informações serão dadas no final da tarde em uma entrevista coletiva em Natal.

A morte de 26 presos em Alcaçuz no fim de semana foi mais um episódio da crise do sistema prisional brasileiro, iniciada no primeiro dia de 2017 quando 56 pessoas foram mortas em um presídio de Manaus também em um confronto entre integrantes de diferentes facções criminosas.

Em resposta a crise, que o governo reconheceu ter ganho "contornos nacionais", o presidente Michel Temer colocou as Forças Armadas à disposição dos Estados para atuarem em inspeções dentro das cadeias para a apreensão de materiais proibidos, como armas, telefones celulares e drogas.

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), já havia pedido ao governo federal a presença da Força Nacional de Segurança Pública no Estado e, na terça, a assessoria de imprensa do governo disse que o pedido para o envio das Forças Armadas ao Rio Grande do Norte já estava sendo elaborado.

Acompanhe a ação do Batalhão de Choque

 

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