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Triunfo quer antecipar 2ª pista de Viracopos

Empresa estuda desenvolver o conceito de "aerotrópolis" em Viracopos, podendo chegar a quatro pistas


	Aeroporto de Viracopos: "precisaremos da segunda pista em 2018 ou 2019, mas estamos estudando seriamente antecipar por questão estratégica", disse Kuster
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Aeroporto de Viracopos: "precisaremos da segunda pista em 2018 ou 2019, mas estamos estudando seriamente antecipar por questão estratégica", disse Kuster (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 15h59.

São Paulo - A Triunfo quer antecipar a conclusão da segunda pista do aeroporto de Viracopos, afirmou o presidente da Aeroportos Brasil Viracopos, Luiz Alberto Kuster, em encontro com investidores nesta sexta-feira.

"Precisaremos da segunda pista em 2018 ou 2019, mas estamos estudando seriamente antecipar por questão estratégica", disse ele, acrescentando que a empresa avalia desenvolver o conceito de "aerotrópolis" em Viracopos, podendo chegar a quatro pistas.

"Temos 1.000 alqueires de terra para chegarmos a 4 pistas e tudo o que envolva o conceito como hotéis", disse.

Segundo o executivo, o objetivo da companhia é tornar o aeroporto no interior de São Paulo um dos 10 melhores da América Latina entre 2015 e 2016. Para isso, está ampliando espaços para manobras de aeronaves, passando de 30 para 70 posições em 2014.

A companhia está construindo um novo terminal no aeroporto e avalia transformar o terminal antigo em hangar para aviação geral internacional, de olho em demanda de voos charter, enquanto espera se beneficiar do plano do governo federal para impulsionar a aviação regional no país, o que pode posicionar o aeroporto em hub para voos internacionais.

Segundo Kuster, o crescimento da demanda brasileira deve implicar que a empresa não vai tirar companhias aéreas do aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Porém a concessionária de Viracopos está buscando atrair linhas aéreas internacionais para o aeroporto de Campinas.

Caso o governo venha a fazer novas concessões de aeroportos, a Triunfo focará atenção sobre Manaus, o que daria à empresa acesso às cargas da Zona Franca, disse o presidente-executivo da companhia, Carlo Alberto Bottarelli. Ele acrescentou que um hub internacional no Nordeste também interessa à empresa.


Sobre as perspectivas para a economia brasileira, ele afirmou que espera um 2015 "muito ruim" diante da provável necessidade de ajuste nas contas públicas após as eleições de 2014. Porém, ele avaliou que a maioria dos negócios da Triunfo estão protegidos contra uma desaceleração econômica. "Estamos protegidos contra inflação e tráfego vai continuar existindo."

RODOVIAS, FERROVIAS, METRÔ Em rodovias, o foco da Triunfo são as estradas federais. Depois de vencer o leilão de mais de 1 mil quilômetros das BRs 060/153/262 nesta semana, a companhia avalia parcerias em consórcios para as próximas concessões, disse Bottarelli.

Os próximos leilões incluem a BR-163 (MS), em 17 de dezembro, e a BR-040, em Minas Gerais, marcado para 27 de dezembro.

"Queremos conquistar Minas Gerais", reafirmou o executivo, citando o Estado como terceira maior economia do Brasil. Já sobre a BR-163 (MS), ele estimou que a Odebrecht Transport pode ser agressiva, depois de ter vencido o trecho no Mato Grosso da mesma rodovia no final de novembro.

"Está na cara que eles vão fazer uma oferta forte (...) Mas vamos participar sim, não faremos um lance figurativo", disse Bottarelli.

Para financiar as novas concessões, a Triunfo poderá aceitar a participação de fundos de pensão além de fundos soberanos, disse o vice-presidente financeiro, Sandro Lima.

Em ferrovias, a expectativa da empresa está no possível leilão no segundo trimestre de 2014 do trecho entre Açailândia (MA) e Barcarena (PA). A Triunfo está realizando estudos para saber se o investimento no trecho será viável financeiramente.


Por ora, a preocupação recai sobre a capacidade da estatal Valec em honrar contratos de longo prazo que envolvem pagamentos aos operadores das concessões ferroviárias da tarifa de disponibilidade de capacidade operacional (TDCO), disse Joel Peito, diretor de novos negócios da Triunfo.

Pelo modelo atual para o setor, a Valec compra a totalidade da capacidade da ferrovia, remunerando a concessionária pela TDCO.

Já na área de mobilidade urbana, o principal foco da empresa está no projeto de construção de metrô de Curitiba, em que a Triunfo avalia ser possível ter retorno de "dois dígitos", disse Bottarelli.

"Estamos estudando com carinho", disse o executivo. A expectativa da Triunfo é que o edital seja publicado até fevereiro, com o leilão podendo ocorrer em março e as obras iniciando no segundo semestre de 2014.

MINERAÇÃO Em mineração, a Triunfo se movimenta para tentar colocar a Vetria, criada em parceria com a operadora ferroviária ALL, de pé com ativos da MMX Corumbá.

Segundo Bottarelli, a Vetria está no processo final de compra dos ativos, que incluem mina de minério de ferro e contrato de fornecimento de 1 milhão de toneladas à argentina Siderar, do grupo Ternium.

Além disso, o executivo afirmou que a Vetria está negociando contrato para oferta de 1 milhão de toneladas de minério de ferro à usina Cosipa, da Usiminas.

O objetivo é deixar a Vetria pronta para receber sócio internacional ou institucional a partir do segundo semestre do próximo ano, afirmou.

*Matéria atualizada às 16h59

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