Moreira Franco: o ministro Celso de Mello ainda analisa mandados de segurança que têm o objetivo de anular a nomeação (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 18h58.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2017 às 21h03.
Rio de Janeiro/Brasília - Dois tribunais regionais federais derrubaram nesta sexta-feira liminares que suspendiam a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, mas um deles determinou que o peemedebista fique sem foro privilegiado.
Empossado como ministro pelo presidente Michel Temer na sexta-feira passada, Moreira Franco é citado em delação premiada da Lava Jato e críticos dizem que sua nomeação serviu apenas para que ele passasse a ter foro no Supremo Tribunal Federal (STF), ficando fora do alcance do juiz Sérgio Moro, responsável em primeira instância pela operação.
A determinação de que Moreira Franco fique sem foro privilegiado partiu do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ).
A decisão do juiz federal Alcides Martins Ribeiro Filho derrubou uma decisão da própria Justiça Federal do Rio de Janeiro, que na quinta-feira havia suspendido a nomeação de Moreira Franco para a pasta.
Já o Tribunal Regional Federal da 1ª Região restituiu o cargo a Moreira Franco, derrubando liminar concedida por um juiz da 1ª Vara Federal do Amapá.
Como os tribunais regionais não se sobrepõem, o peemedebista fica sem foro privilegiado até que haja uma definição sobre a questão.
O ministro Celso de Mello, do STF, deve decidir na semana que vem sobre mandados de segurança contra a nomeação.