São pouco mais de 7.060 os funcionários que os futuros ministros poderão nomear sem a necessidade de concursos públicos (Arquivo/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2011 às 22h51.
São Paulo - Nos últimos oito anos, um total de 3.022 servidores públicos federais foi expulso, devido a envolvimento em práticas ilícitas. Esse balanço foi divulgado hoje pela Controladoria-Geral da União (CGU) e considera o período entre janeiro de 2003 e fevereiro de 2011. Na contabilização dessas mais de 3 mil expulsões estão incluídos 2.589 casos de demissões; 252 destituições de cargos em comissão e 181 cassações de aposentadorias.
Segundo a CGU, o uso do cargo para obter vantagens foi o principal fator que motivou as expulsões, somando 1.604 casos, ou seja, 33,17% do total. A improbidade administrativa ocupou o segundo lugar, com 959 casos (19,83%). O terceiro principal motivo das expulsões envolve situações de recebimento de propina com 294 casos (6,08%). O balanço da CGU consolida informações sobre demissões, destituições de cargos comissionados e cassações de aposentadorias aplicadas a servidores públicos do Executivo Federal.
O Ministério da Previdência Social (MPS) teve a maior quantidade de expulsos entre 2003 e fevereiro de 2011, com 750 casos. Em segundo lugar ficou o Ministério da Educação, com 502 expulsões. Na terceira posição figura o Ministério da Justiça, com 399 servidores expulsos.
Em 2011, considerando os números de janeiro e fevereiro, já há um saldo de 53 expulsões, em uma conta que considera 45 demissões, três cassações de aposentadorias e cinco destituições de cargos em comissão. Em comparação, foram 60 expulsões no primeiro bimestre de 2010. Em todo o ano passado, foram 521 expulsões, divididas entre 433 demissões, 53 destituições de cargos em comissão e 35 cassações de aposentadorias.