Brasil

TRE-SP desaprova contas de campanha de Alckmin

Segundo procurador regional eleitoral em São Paulo, Alckmin e seu vice, Mário França (PSB), omitiram receitas e despesas de valores elevados


	Geraldo Alckmin: decisão de rejeitar as contas do governador foi por maioria
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: decisão de rejeitar as contas do governador foi por maioria (Wilson Dias/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 18h58.

São Paulo - O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) acolheu manifestação da Procuradoria Regional Eleitoral e desaprovou nesta quarta-feira as contas de campanha do governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

De acordo com o procurador regional eleitoral em São Paulo, André de Carvalho Ramos, Alckmin e seu vice, Mário França (PSB), omitiram receitas e despesas de valores elevados, tanto na primeira quanto na segunda prestação parcial de contas.

Em nota, o PSDB refutou a alegação, destacando que nenhuma despesa ou receita deixou de ser contabilizada ou declarada.

"Nenhum dado foi omitido, segundo atesta a própria assessoria técnica do Tribunal Regional Eleitoral. Trata-se de mera questão formal que já foi justificada e que será, mais uma vez, esclarecida em embargos de declaração a serem apresentados nos próximos dias", diz o comunicado da legenda.

A decisão de rejeitar as contas de Alckmin foi por maioria, com voto contrário do juiz Alberto Toron.

Na alegação para pedir a desaprovação das contas de campanha do governador reeleito e seu vice, Carvalho Ramos disse que receitas omitas na primeira e segunda prestações parciais, respectivamente de R$ 909 mil e R$ 8,4 milhões, foram declaradas apenas na prestação de contas final, o que é considerada infração grave pela lei 9.504/971.

"Tal entendimento não poderia ser diferente, isto porque, as prestações parciais de contas devem refletir, com fidelidade, justamente as receitas e gastos ocorridos no período ao qual fazem referência", afirmou o procurador.

Ele destaca ainda que foram detectadas também despesas contratadas em data anterior à entrega da segunda prestação de contas parcial, ocorrida em 2 de setembro, mas não informadas à época.

"Com isso, os montantes declarados na primeira e segunda prestação parcial de contas e o resultado da prestação de contas final divergiram."

E cita que nas contas parciais, o governador reeleito também não identificou os doadores originários referentes às receitas recebidas do comitê financeiro do PSDB e de outros candidatos, os que só foi feito nas contas finais.

A justificativa foi de que a contabilidade da campanha tinha dúvidas quanto à inclusão dos doadores originários, uma vez que se tratava de doações estimadas.

Para Carvalho Ramos, o candidato não atendeu "à finalidade precípua das contas parciais, que é dar transparência ao financiamento eleitoral durante o curso da campanha eleitoral."

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2014Geraldo AlckminGovernadoresOposição políticaOrçamento federalPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

Gilmar Mendes retira discussão sobre mineração em terras indígenas de conciliação do marco temporal

Governo quer aumentar pena máxima de 4 para 6 anos de prisão a quem recebe ou vende celular roubado

Alexandre de Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro sobre fraude em cartão de vacina

PEC da Segurança será enviada ao Congresso nas próximas semanas, diz Sarrubbo