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TRE de Pernambuco notifica MBL por comício no Recife

O ato em Recife foi em apoio ao deputado federal e candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL)

Bolsonaro: o clima ficou tenso entre os manifestantes e apoiadores de Fernando Haddad (Ricardo Moraes/Reuters)

Bolsonaro: o clima ficou tenso entre os manifestantes e apoiadores de Fernando Haddad (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de outubro de 2018 às 18h38.

Recife - O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) notificou o Movimento Brasil Livre (MBL), neste sábado, 27, por realizar comício no centro do Recife. De acordo com o assessor chefe da corregedoria da corte, Orson Lemos, a prática configura infração contra a lei eleitoral.

Em caso de descumprimento da ordem judicial, o grupo pode ser alvo de representação por parte do procurador eleitoral. "Hoje, apenas é permitido passeatas até as 22h, ficar com som fixo fazendo discurso político, mesmo que o candidato não esteja presente configura comício, o que é vedado por lei", explicou Lemos.

Com a notificação, o MBL foi obrigado a realizar uma caminhada pelo centro comercial do Recife. O ato em apoio ao deputado federal e candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), reuniu o deputado federal eleito por São Paulo, Kim Kataguiri (DEM), o deputado estadual Fernando Holiday (DEM-SP) e o deputado estadual eleito Arthur do Val (DEM-PE), todos coordenadores do movimento, que revezaram o microfone para discursar.

"Não é só a Presidência que vai mudar, a Câmara (Federal) também. A bancada da bala está maior e vai colocar tudo quanto é vagabundo na cadeia", afirmou Kataguiri. O líder do MBL, também disse que em sua passagem pelo Nordeste estava sendo perseguido por "capangas". "Colocaram capangas atrás da gente. Podem perseguir, podem processar nós vamos mudar o País quer queiram ou não", afirmou Kataguiri.

Em dois momentos da passeata o clima ficou tenso entre os manifestantes e apoiadores de Fernando Haddad (PT). Em frente à ocupação Marielle Franco, na Praça da Independência, os apoiadores de Bolsonaro fizeram gestos simulando armas em direção aos ocupantes do prédio, que reagiram fazendo o "L" de Lula livre e gestos obscenos.

Antes de chegar ao Marco Zero do Recife, a polícia militar teve que intervir para impedir que os manifestantes entrassem em confronto com integrantes do Espaço 13, comitê em apoio ao candidato petista. Os agentes de segurança isolaram a entrada do prédio enquanto os eleitores dos dois candidatos trocavam ofensas. Depois de menos de uma hora de caminhada, os líderes do MBL deixaram o local.

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