Ônibus em terminal de São Paulo: ao todo, 54% das viagens motorizadas da região são feitas de transporte coletivo. Em 2007, eram 55% (AGLIBERTO LIMA/VEJA SÃO PAULO)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2014 às 15h55.
São Paulo - A participação do transporte individual no total de viagens diárias feitas na região metropolitana de São Paulo voltou a crescer nos últimos cinco anos, apesar do investimento previsto de R$ 20 bilhões nos transportes coletivos, segundo dados da Pesquisa de Mobilidade do Metrô de 2012/2013.
Os números foram divulgados na manhã desta segunda-feira, 10, pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.
Ao todo, 54% das viagens motorizadas da região são feitas de transporte coletivo. Em 2007, eram 55%. Os dados foram coletados antes da instalação das faixas exclusivas de ônibus pela Prefeitura de São Paulo.
O aumento da frota de carros no período, de 18% (chegando a 4,2 milhões de veículos circulando diariamente), é apontado como um dos motivos para o aumento das viagens individuais.
O total de viagens cresceu 15%, chegando a 43,7 milhões de viagens por dia nas 32 cidades da região. Os principais motivos para isso são aumento de emprego e de renda da população.
O aumento demográfico entre 2007 e 2012 foi de apenas 2%. O modal que mais cresceu foi o trem. Em cinco anos, a CPTM aumentou em 62%, chegando a 3,2 milhões de viagem por dia. A maior parte dos usuários de transporte público, entretanto, ainda anda de ônibus.
Mesmo sem aumentar a frota de ônibus no período, o total de passageiros da SPTrans cresceu 8%, chegando a 7,7 milhões de viagens por dia.
A pesquisa mostra, no entanto, um pouco mais de democracia no transporte. Entre os que têm renda maior do que R$ 9,3 mil, houve aumento de 6% no uso de transporte público. Entre os que têm renda menor do que R$ 1,2 mil, houve redução de 2% no uso do transporte público.
Chama a atenção o aumento da viagens de táxi: 55%, mesmo com o alto custo do serviço. O único modal que teve queda de passageiros foram os fretados, com redução de 22%. Eles foram banidos do centro, em nome do melhor fluxo de carros, durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD).