Brasil

Transparência fiscalizará recursos repassados a 70 cidades

Nessa etapa estão incluídas cidades como São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ilhéus (BA), Macapá (AM) e Campina Grande (PB)


	São Paulo: a escolha dos programas de governo que serão auditados em cada cidade será definida por análise de vulnerabilidade
 (Wikimedia Commons)

São Paulo: a escolha dos programas de governo que serão auditados em cada cidade será definida por análise de vulnerabilidade (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 20h01.

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC) divulgou hoje (2) a lista de 70 municípios brasileiros que terão suas contas fiscalizadas.

A medida verifica a regularidade da aplicação dos recursos públicos federais. Nessa etapa estão incluídas cidades como São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ilhéus (BA), Macapá (AM) e Campina Grande (PB).

A cidade com a menor população do grupo selecionado é Pinhal da Serra, no Rio Grande do Sul, com 2.130 habitantes.

A seleção das cidades considera “setores” como critérios para racionalizar a logística de fiscalização e dinamizar o deslocamento dos servidores.

A escolha dos programas de governo que serão auditados em cada cidade será definida por análise de vulnerabilidade, considerando os aspectos de relevância, criticidade e materialidade.

A fiscalização terá início em julho e a expectativa é que os trabalhos estejam concluídos até o fim de dezembro.

A seleção dos municípios foi feita por sorteio eletrônico. Lançado em 2003, o programa já auditou 2,3 mil cidades.

“Desde sua gênese foi estabelecido o número de 60 [municípios]. Era o que se adequava à nossa capacidade operacional. Como agora estamos fazendo ciclos semestrais, estamos, em média, fazendo dois ciclos operacionais por ano. A gente se auto desafiou a aumentar”, esclareceu o secretário de Controladoria Interna da pasta, Francisco Bessa.

De acordo com Bessa, uma nova lista de municípios será divulgada em novembro.

“O município que talvez esteja aliviado é por não ter sido sorteado ou por não estar no setor quatro quando se sorteou só os setores um e dois, mas o quarto ciclo está chegando. A sensação desse olhar do auditor federal é importante porque promove a dissuasão do comportamento ilícito.”

Três ações de governo serão fiscalizadas obrigatoriamente em todos os municípios selecionados: incentivo financeiro para vigilância em saúde, com foco no combate ao mosquito Aedes aegypti, e os programas nacionais de Alimentação Escolar (PNAE) e de Transporte Escolar (PNATE).

Os dois últimos fazem parte da estratégia do grupo de trabalho criado, em janeiro deste ano, pelo Ministério da Educação, CGU, Ministério da Justiça e Polícia Federal para combater desvios de recursos na educação.

Os resultados dos trabalhos serão encaminhados aos ministérios transferidores dos recursos, aos municípios fiscalizados e aos órgãos de defesa dos estados para adoção de medidas corretivas conforme a competência de cada uma dessas instâncias.

Cerca de 160 servidores de carreira do órgão, de todo país, participaram da divulgação da medida em um ato para reivindicar a recriação da Controladoria Geral da União, vinculada à Presidência da República.

Atualmente, a pasta tem status semelhante aos demais ministérios.

“A CGU não pode ser tratada como moeda de troca política. Não queremos que o órgão se afaste de suas funções, como conduzir processos que resultem em acordos com as empresas, nos casos de corrupção, e a atuação em acordos de leniência”, disse Edilberto Barreto, membro do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical).

Na manhã de hoje, o novo ministro da pasta, Torquato Jardim, tomou posse. Em cerimônia no Palácio do Planalto, Torquato afirmou que sua primeira tarefa à frente da pasta será buscar um novo texto sobre acordo de leniência empresarial.

Para o ministro, reestabelecer a atividade das empresas investigadas é importante para retomada do crescimento econômico do país.

Torquato assume o ministério após a demissão de Fabiano Silveira, que deixou o cargo depois da divulgação de conversas gravadas em que ele aparece criticando a Operação Lava Jato e dando orientações para defesa de investigados em esquema de desvios de recursos na Petrobras, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Acompanhe tudo sobre:CidadesFiscalizaçãogestao-de-negociosTransparência

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP