São Paulo - O trânsito nas principais rodovias de acesso ao porto de Santos, o mais importante do país, se normalizou no fim da tarde desta terça-feira, após registrar congestionamentos quilométricos e atrapalhar o escoamento da safra de grãos.

As filas, constantes neste ano de safra recorde, foram agravadas pela entrada em vigor na segunda-feira de decreto municipal de Cubatão proibindo os pátios de caminhões de operarem no período noturno, o que fez com que muitos veículos tomassem as vias.

Nesta tarde, as autoridades municipais suspenderam a aplicação do decreto até a próxima terça-feira, quando um comitê formado por autoridades locais e portuárias devem apresentar uma solução para o problema logístico da região, informou a prefeitura.

Chuvas registradas ao longo do dia no porto de Santos também colaboraram para atrapalhar as operações portuárias, uma vez que os embarques de produtos agrícolas como soja e açúcar são suspensos com o tempo chuvoso.

No início do dia foram registrados 24 quilômetros de engarrafamento na rodovia Anchieta, em direção ao litoral, e congestionamentos na rodovia Cônego Domênico Rangoni (em direção ao Guarujá) na altura do acesso aos pátios reguladores, segundo o site da Ecovias, concessionária que administra a via.

Os congestionamentos só foram aliviados após a realização da "Operação Descida" da Ecovias, que aumentou para sete o número de vias em direção ao litoral.

Com a operação, o engarrafamento na Anchieta caiu para 4 quilômetros, considerado normal pela concessionária.

A prefeita de Cubatão, Marcia Rosa, disse em nota que o município sofre constantes prejuízos com os problemas logísticos no período de safra, e por isso foi adotada a medida de impacto para forçar os terminais portuários a solucionarem o problema.

As principais rodovias de acesso ao porto de Santos já haviam ficado congestionadas de caminhões na semana passada, com a chuva prejudicando o escoamento da safra de grãos e de açúcar.

Os problemas logísticos da safra atual estão gerando custos adicionais que corroem os ganhos do setor exportador.

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O agronegócio do Brasil exportará em 2013 volumes recordes do seu principal produto, a soja, mas o setor exportador de grãos amargará gastos extras de mais de 1 bilhão de dólares, por conta dos problemas de logística e infraestrutura do país.