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Transição de governo no RS começará na semana que vem

A crise financeira vivida pelo estado estará no centro do trabalho que envolverá a participação de técnicos, de conselheiros e dos próprios governadores


	Sartori e Tarso Genro: eles devem se encontrar formalmente na semana que vem
 (Caco Argemi/UPPRS)

Sartori e Tarso Genro: eles devem se encontrar formalmente na semana que vem (Caco Argemi/UPPRS)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 14h52.

Porto Alegre - Em uma reunião que durou pouco menos de meia hora na capital gaúcha, representantes do atual governador, Tarso Genro (PT), e de seu sucessor, José Ivo Sartori (PMDB), definiram detalhes do processo de transição que começará na próxima semana.

A crise financeira vivida pelo estado estará no centro do trabalho que envolverá a participação de técnicos, de conselheiros e dos próprios governadores - Tarso e Sartori devem se encontrar formalmente na semana que vem.

Na saída da reunião desta sexta-feira, 7, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça, porta-voz da equipe de transição de Sartori, afirmou que entre 20 e 30 técnicos aturarão diariamente no centro de treinamento da Companhia de Processamento de Dados do estado do Rio Grande do Sul (Procergs) a partir da próxima segunda-feira para providenciar as informações sobre projetos em andamento, convênios e números oficiais.

Eles serão assessorados permanentemente por dois funcionários do atual governo.

Fogaça disse que, embora o objetivo seja reunir conhecimento sobre todas as áreas, a principal preocupação é com as finanças do estado.

"O núcleo, o coração, está na questão financeira e no planejamento. Este é um ponto central e estratégico de qualquer governo novo", revelou.

Ele aproveitou para reiterar que o próximo governo tem a intenção de trabalhar em um plano político para seguir avançando na renegociação da dívida estadual com a União.

Esta semana foi aprovado no Senado o projeto de lei que muda o indexador e os juros usados para corrigir a dívida, o que garantirá um abatimento no estoque do passivo dos estados e municípios.

"Esta é uma redução de longo prazo. Queremos diminuir também o desembolso anual que o estado tem que fazer junto ao governo federal. Temos que reduzir isso para permitir que haja evidentemente uma margem de investimento", falou.

Hoje, o estado compromete 13% de sua receita líquida para honrar o pagamento da dívida.

Coordenador da transição pelo lado do atual governo, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, afirmou que a transição será feita com agilidade e participação.

"Existe uma orientação clara do governador de ser o mais transparente possível, o mais rápido possível no envio das informações", revelou.

Ele também disse que existe a disposição de ajudar com o envio de projetos de lei para votação na Assembleia Legislativa ainda este ano, caso seja solicitado pelo futuro governador.

De acordo com Pestana, o trabalho dos técnicos que terão acesso às informações será diário, mas as comissões políticas que coordenam a transição, dos dois lados, continuarão se reunindo uma vez por semana.

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