Reforço policial na Vila Cruzeiro: o tenente Acácio estava na Polícia Militar há pouco mais de três anos, e era lotado na UPP Vila Cruzeiro há três meses (Tânia Rego/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2014 às 17h10.
Rio - Menos de 12 horas depois de o tenente Leidson Acácio Alves Silva, de 27 anos, ter sido assassinado num ataque de traficantes na Favela Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha (zona norte do Rio de Janeiro), bandidos atiraram contra PMs na Rocinha (zona sul), por volta das 9h desta sexta-feiram 14.
De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, os PMs estavam em patrulhamento na localidade conhecida como Terreirão, quando se depararam com um grupo de criminosos armados.
Os traficantes efetuaram disparos na direção dos policiais, que revidaram. Não houve feridos. Em seguida, os atiradores fugiram. Ninguém foi preso.
Na madrugada desta sexta-feira, a mulher do tenente Leidson Acácio, Jaqueline Oliveira, escreveu em seu perfil no Facebook uma mensagem para o marido. Ele foi assassinado no final da noite dessa quinta-feira, 13, após ter sido baleado na cabeça por traficantes.
"Me lembro bem a primeira vez que eu te olhei nos teus olhos eu encontrei, ternura e amor como eu nunca vi igual. Meu amor é muito mais do que eu podia imaginar... Se uma lágrima cair do meu olhar, não leve a mal, é o meu coração querendo te encontrar...", diz a mensagem, ilustrada com uma foto do casal.
Subcomandante da UPP Vila Cruzeiro, o tenente Leidson Acácio foi morto com um tiro na cabeça, por volta das 22h30 de quinta. Ele fazia um patrulhamento com outros policiais na Rua 10, na divisa entre as favelas Vila Cruzeiro e Parque Proletário, quando foi baleado por traficantes.
O oficial chegou a ser levado com vida ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu ao ferimento na testa. Os criminosos fizeram quatro ataques simultâneos a PMs em pontos diferentes da região. O tenente Acácio estava na Polícia Militar há pouco mais de três anos, e era lotado na UPP Vila Cruzeiro há três meses.