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Tráfego é liberado no km 147 da Rio-Santos

O deslocamento está sendo feito com ajuda de comboios no sistema "siga e pare", organizados pela Polícia Rodoviária Estadual


	Rio-Santos: recuperação deve levar alguns meses e, portanto, problema persistirá durante o verão
 (Rogerio Lira/Creative Commons)

Rio-Santos: recuperação deve levar alguns meses e, portanto, problema persistirá durante o verão (Rogerio Lira/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 19h36.

São Sebastião - O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) liberou na manhã desta sexta-feira, 26, o tráfego de veículos no km 147, altura da Praia de Toque-Toque Pequeno, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, que havia sido interditado na última terça-feira por causa de fissuras na pista no sentido Maresias-Centro.

O deslocamento está sendo feito com ajuda de comboios no sistema "siga e pare", organizados pela Polícia Rodoviária Estadual.

Caminhões e ônibus estão proibidos de trafegar pelo local.

Segundo o DER, a recuperação do trecho deve levar alguns meses e, portanto, o problema persistirá durante todo o verão.

O trecho é utilizado para quem deseja seguir até a Praia de Maresias, principal bairro afetado pelas chuvas do início da semana, que causaram enchente e deixaram 70 pessoas desalojadas.

O trajeto por ônibus intermunicipais que saem de Bertioga, Guarujá e Santos com destino a São Sebastião está interrompido, assim como as linhas que ligam o centro aos bairros da Costa Sul.

Veículos pesados têm como opção utilizar a Rodovia dos Tamoios, que dá acesso a Caraguatatuba, município vizinho a São Sebastião.

Já quem pretende chegar ao sul da cidade precisa descer a serra pelo sistema Anchieta/Imigrantes ou a Rodovia Mogi-Bertioga.

Três dias após os estragos causados pelas chuvas, comerciantes e empresários contabilizam os prejuízos.

Proprietário de uma pousada na Praia de Maresias, Wanderlei Nogueira disse num primeiro momento houve cancelamentos de reservas.

Porém, quando o sol voltou a brilhar, seis pessoas reconfirmaram a viagem.

"Os turistas estão com medo, mas o pior já passou, o sol voltou e está tudo normalizado."

Ele afirmou que a chuva causou problemas apenas no estacionamento da pousada, que ficou alagado.

"Conseguimos retirar os carros para um estacionamento mais alto, porém, dois veículos precisaram ser guinchados."

O empresário contou que a maioria das pousadas localizadas na Rua Sebastião Romão Cesar, uma das principais de Maresias, que possui restaurantes, hotéis, bares e um pequeno shopping, sofreu com as chuvas.

Em algumas delas a água chegou a 1,70 metro de altura. Mais de cem carros ficaram alagados e a maioria precisou ser guinchada.

Várias pousadas perderam equipamentos, como ventiladores e TVs, e seus donos estão se deslocando até São José dos Campos, a 150 quilômetros de distância, pois os aparelhos já estão em falta em São Sebastião.

Com sol forte e calor de 36°C, a rotina está voltando ao normal em Maresias. Na Rodovia Rio-Santos ainda há quatro pontos de queda de barreiras que ainda não foram removidas.

Mas a praia esteve lotada durante toda sexta-feira, 26, mesmo com galhos de árvores e sujeira que desceram os rios com as chuvas. As demais praias da região sul da cidade, a mais afetada pelas chuvas, também estiveram lotadas.

Doações

O campeão mundial de surfe Gabriel Medina, que conquistou o título em Pipeline, no Havaí, vai leiloar as três pranchas que utilizou nas últimas três etapas do mundial.

O dinheiro será revertido em favor dos moradores que perderam tudo na enchente - Medina é morador de Maresias. Na quinta-feira, 25, ele convocou seus fãs nas redes sociais para ajudar as vítimas.

O empresário João Paulo Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, doou 60 colchões.

A prefeitura de São Sebastião também abriu uma conta no Banco do Brasil para receber doações que serão dirigidas às famílias de menor renda que foram desalojadas e sofreram maiores perdas com as chuvas e alagamentos.

Nesta sexta, 26, o prefeito Ernane Primazzi (PSC) percorreu as principais lojas de eletrodomésticos e móveis da região central, angariando doações para os afetados pelas enchentes e pedindo também a colaboração dos comerciantes na forma de descontos especiais para a compra de móveis e eletrodomésticos.

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