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Trabuco indiciado; Maranhão manobra…

Trabuco indiciado O presidente do banco Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e outras nove pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal nesta terça-feira na Operação Zelotes. A operação investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e a suspeita é que o Bradesco tenha negociado com um escritório acusado de vender facilidades. […]

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2016 às 06h53.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h39.

Trabuco indiciado

O presidente do banco Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e outras nove pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal nesta terça-feira na Operação Zelotes. A operação investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e a suspeita é que o Bradesco tenha negociado com um escritório acusado de vender facilidades. Além de Trabuco, dois executivos do banco foram indiciados: o vice-presidente, Domingos Abreu, e o diretor de relações com investidores, Luiz Carlos Angelotti. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as próximas instituições na fila da Zelotes são o Banco Brascan e o BankBoston.

A queda do Bradesco

Os investidores fugiram dos papéis do Bradesco após a denúncia. As ações preferenciais caíram 4,29%; e as ordinárias, 3,69%. Em nota, o banco negou a contratação de serviços prestados pelo grupo investigado pela operação e disse que vai apresentar argumentos por meio de seu corpo de advogados.

Superávit nas contas

O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, teve um superávit primário de 10,18 bilhões de reais em abril, uma queda de 24% na comparação anual. O resultado é o pior para o mês desde 2004. Com isso, nos quatro meses do ano, o setor público acumula um superávit de 4,41 bilhões de reais, 86% abaixo do valor para o mesmo período de 2015. O resultado foi impactado principalmente por municípios e empresas estatais (excluindo Petrobras e Eletrobras), que saíram de um superávit no ano passado para um déficit em abril deste ano.

Novo recorde no desemprego

A taxa de desemprego atingiu 11,2% da população economicamente ativa no trimestre encerrado em abril. Foi o pior resultado da Pnad contínua, iniciada em 2012. Com isso, o número de desempregados já passa de 11,41 milhões. Em igual período do ano passado, a taxa estava em 8%.

Manobra de Maranhão

O presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão, fez mais uma manobra na tentativa de impedir a cassação do aliado Eduardo Cunha. Ele enviou uma consulta à Comissão de Constituição e Justiça que pode mudar as regras para cassações por quebra de decoro. A intenção é fazer com que seja votado no plenário o processo contra Cunha, não o parecer dado pelo Conselho de Ética. Isso facilitaria a salvação do mandato de Cunha. Nesta quarta-feira, o relatório do deputado Marcos Rogério que deve pedir a cassação de Cunha será lido na Casa.

Aloysio líder 

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) será o líder do governo no Senado. Depois da base aliada rejeitar os nomes de Ana Amélia e Simone Tebet, que eram a ideia inicial de Temer, os líderes dos partidos chegaram a um consenso. Aloysio é investigado por ter sido citado na delação de Ricardo Pessoa, da construtora UTC. Ele teria recebido dinheiro para caixa dois de campanha do empreiteiro.

Delação trava, delação avança

A negociação para delação premiada de Léo Pinheiro, sócio da construtora OAS e condenado a 16 anos de prisão, entrou num impasse depois que o empresário disse que reformou o apartamento no Guarujá e o sítio em Atibaia sem receber nada em troca do ex-presidente Lula. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Pinheiro disse que Lula não teve nenhuma participação nas obras. Enquanto isso, foi divulgado nesta terça-feira que Marcelo Odebrecht assinou na semana passada o termo de confidencialidade, que é o primeiro passo para os depoimentos e para que documentos sejam apresentados como provas.

Moraes e as mulheres

Instigado pelo caso de estupro da adolescente no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou no começo da tarde um plano de ação para o combate à violência contra a Mulher. Embora não tenha revelado prazos nem estimativa de gastos, adiantou que os recursos sairão do orçamento da Força Nacional de Segurança e que a ideia é “comprar” as horas de descanso dos policiais estaduais para que eles ajudem na segurança pública.

Reação do governo na França

O governo francês anunciou nesta terça-feira medidas para conter os protestos sobre as reformas da lei trabalhista no país. O governo anunciou aumento do salário de professores e prometeu acelerar conversas sobre a reorganização da estatal ferroviária SNCF. Ao mesmo tempo, as autoridades pediram ao sindicato CGT que proponha soluções sobre o projeto de lei. O presidente da França, François Hollande, afirmou que não irá recuar quanto aos elementos centrais propostos na reforma, como flexibilização de contratações e demissões.

Rebelião contra a OEA

Foi convocada nesta terça-feira uma sessão urgente do conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a crise na Venezuela, com base na Carta Democrática Interamericana. O presidente da organização, Luis Almagro, declarou em seu relatório que há indícios claros da alteração da ordem democrática na Venezuela. O governo venezuelano acusa Almagro de estar envolvido em uma conspiração para derrubar o presidente Nicolás Maduro e diz que a invocação da carta viola a soberania do país. Maduro respondeu a seu estilo: convocou uma rebelião nacional contra a OEA.

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